Rádio galáxias são caracterizadas por jatos de partículas que se estendem além dos limites das galáxias. Num trabalho liderado por Guilherme Couto (arXiv:2007.14977), concluímos que estes jatos em 4C+29.30 depositam na galáxia > 5% da potência liberada pela acreção de matéria ao Buraco Negro central. Isto é muito, e explica porque as galáxias não atingem tamanhos muito grandes durante sua evolução: nas fases ativas (como 4C+29.30) os jatos empurram o gás da vizinhança do núcleo para fora da galáxia e limitam a formação de novas estrelas, impedindo que as galáxias cresçam demais. (Crédito da figura: Chandra).
Astrominas 2020 – vídeo do evento
O Astrominas2020 foi um evento de ciência e divulgação científica que reuniu mais de 500 meninas do último ano do primeiro grau e dos dois primeiros anos do segundo grau para discutir, assistir palestras virtuais e realizar experimentos em astronomia, sob a coordenação da Elysandra Figueredo Cypriano do IAG-USP. Fiquei muito feliz em participar, inclusive com a minha (e do Betinho Niederauer) música, como fundo musical do vídeo do evento. #astronomia #ciencia
Mapa da evolução do Universo desde 12 bilhões de anos atrás
Novos resultados do Sloan Digital Sky Survey (SDSS-DR16+) incluem o mapeamento de milhões de galáxias e quasares desde 12 bilhões de anos atrás (figura). Com base neste “survey”, o time liberou também um filme espetacular mostrando uma viagem virtual por esta parte do Universo. #astronomia #cosmologia #ciencia #galáxias #quasares
Drops Astronômico 11: Exoplanetas e Civilizações Extraterrestres
A maioria das estrelas parece ter planetas ao seu redor, e com base no que aprendemos, podemos considerar as probabilidades de nos comunicarmos com possíveis outras civilizações em alguns destes planetas espalhados pela Via Láctea. Assista o vídeo para saber mais! #astronomia #exoplanetas #ciencia
Encontrado o Buraco Negro estelar mais próximo da Terra
Num trabalho aceito para publicação dia 5 de Maio de 2020, na revista Astronomy and Astrophysics, o astrônomo Thomas Rivinius, do European Southern Observatory (ESO) e seus colaboradores, reportam a descoberta de um sistema triplo de estrelas, no qual um dos membros é na verdade um buraco negro estelar. O sistema é visível a olho nú, observado como uma estrela única, número de catálogo HR6819, e se encontra a somente 1000 anos-luz do nosso sistema Solar, na constelação “Telescopium”, no hemisfério Sul (veja o vídeo). O monitoramento da estrela com os telescópios do sítio de La Silla revelaram que uma das estrelas (tipo B3 III) orbita um buraco negro, ou melhor dizendo, a estrela e o buraco negro orbitam o centro de massa do sistema, com um período de somente 40 dias. A outra estrela, tipo Be, orbita a uma distância bem maior. Estima-se que devam existir cerca de 100 milhões de buracos negros estelares, mas, por enquanto, conhecemos somente poucas dezenas, pois só conseguimos observá-los indiretamente, pelo seu efeito gravitacional em outras estrelas, como é o caso deste sistema. Por enquanto, este é o mais próximo da Terra!
Galáxia OJ 287 e seu sistema binário de Buracos Negros Supermassivos
Repercutindo notícia de 28 de Abril de 2020: Observação de um “flare” produzido por um Buraco Negro Supermassivo em órbita em torno de outro gigante por cruzar seu disco de acreção!
O filme mostra uma simulação de um Buraco Negro gigante no centro da galáxia OJ 287, a 3.5 bilhões de anos-luz da Terra, com uma massa de 18 bilhões de vezes a massa do Sol. O que é mais interessante é que um outro Buraco Negro com massa 10 vezes menor, está orbitando este Buraco Negro maior. Duas vezes a cada 12 anos, o Buraco Negro menor atravessa o disco de acreção do Buraco Negro maior, produzindo um flash de luz mais luminoso do que um trilhão de estrelas. Astrônomos observando este sistema fizeram um modelo para prever o momento destes flashes e conseguiram prevê-los com uma margem de erro de somente 4 horas! As observações foram feitas com o Satélite Spitzer, que observa no infravemelho, em 2019. Em Janeiro de 2020, o Spitzer parou de funcionar depois de 16 anos de operações. O modelo mais recente e mais preciso foi feito por um grupo de cientistas liderados pelo estudante Lankeswar Dey, do “Tata Institute of Fundamental Research” de Mumbai, na Índia. O resultado apareceu no Astrophysical Journal Letters: https://iopscience.iop.org/article/10.3847/2041-8213/ab79a4
Homenageando o Telescópio Espacial: imagem que obtive com ele de um Quasar
#Universo #Astronomia #Quasares #Telescópio Hubble
Dia 24 de Abril de 2020 o Telescópio Hubble faz 30 anos. Homenageio-o aqui com uma imagem que obtive com ele de um Quasar. Quasares são os núcleos de galáxias mais luminosos do Universo devido à captura de matéria por um Buraco Negro Supermassivo ali presente. Eles estão tão distantes que é preciso excelente qualidade de imagem (daí a necessidade do Hubble) para observar seus detalhes. A imagem mostra a galáxia (delineada em branco) e gás ionizado (em laranja e violeta) se estendendo muito além do limite da galáxia, revelando a potência liberada pelo Quasar. (Crédito da figura: Bruno Dall’Agnol de Oliveira; publicação com base nestas observações.)
Qual será a próxima “imagem” de um Buraco Negro?
#buracos negros #astrofísica #Via Láctea
Um forte candidato para uma nova imagem é o Buraco Negro Supermassivo da Via Láctea, chamado de Sagitarius A* (SgrA*). Mas não deve ser uma imagem, e sim uma sequência delas, na forma de um filme, já que a emissão em torno de Sgr A* varia muito rapidamente. Embora os dados já tenham sido obtidos, a sequência de imagens para fazer o filme não têm sinal suficiente, têm “buracos”. Mas como há alguma continuidade na variação de uma imagem para a outra, os astrofísicos do time do Telescópio de Horizonte de Eventos (EHT) estão usando modelos para reconstruir a sequência de imagens.
Há cerca de um ano, em 10 de Abril de 2019, ficamos conhecendo a primeira “imagem” (a sombra do horizonte de enventos) de um Buraco Negro Supermassivo, no centro da galáxia M87, feito pelo time do EHT. Na época, eu e muitos outros astrofísicos esperávamos que a primeira imagem seria a de Sgr A*, mas no caso da M87, a emissão variou menos e foi “mais fácil” fazer a imagem.
Dados de polarização da luz estão também sendo analisados (tanto de M87 como de SgrA*), pois permitirão mapear pela primeira vez os campos magnéticos no entorno de um Buraco Negro Supermassivo (ver figura acima). Acredita-se que estes campos magnéticos é que controlam a “dieta” do Buraco Negro, ou seja, como ele captura a matéria de seu redor. (Crédito da imagem e fonte de informação: Science News).
Universe’s song – letra em Inglês
Drops Astronômicos: 7) A Formação das Galáxias e a Matéria Escura
Na série “Drops Astronômicos”, estou contando a história do Universo em “capítulos” de aproximadamente 6 minutos cada. Neste capítulo falo o que sabemos sobre a formação das galáxias, e para isto, é preciso falar também sobre a matéria escura, um dos maiores mistérios do Universo!