Buracos negros duplos

Crédito: Satélite de raios-X Chandra.

Um dos maiores buracos negros supermassivos já encontrados, com 18 bilhões de massas solares fica na galáxia OJ287, a 3,5 bilhões de anos-luz. É um sistema duplo, com outro buraco negro de 150 milhões de massas solares.

Num sistema assim, os dois buracos negros orbitam um ao outro, como um casal dançando uma valsa cósmica. À medida que eles se aproximam, a energia gravitacional liberada vai sendo convertida em ondas gravitacionais que se espalham pelo Universo e que no futuro poderemos observar com novos detectores de ondas gravitacionais para estas frequências características de buracos negros supermassivos como o LISA, um interferômetro a ser instalado no espaço.

Palestra: Alimentação e retro-alimentação de Buracos Negros Supermassivos em Galáxias

Nesta terça-feira, 18/08/2020, às 15hs, estarei ministrando a palestra acima on-line na série de seminários do INPE – Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais: https://meet.google.com/dcu-sami-tgx. O assunto são os fenômenos que acontecem nas galáxias devido aos seus Buracos Negros Supermassivos centrais, e sua importância na evolução destas galáxias. Enfatizarei o meu trabalho sobre o assunto, bem como o de de meus alunos e colaboradores. 

4C+29.30: uma rádio-galáxia poderosa

Rádio galáxias são caracterizadas por jatos de partículas que se estendem além dos limites das galáxias. Num trabalho liderado por Guilherme Couto (arXiv:2007.14977), concluímos que estes jatos em 4C+29.30 depositam na galáxia > 5% da potência liberada pela acreção de matéria ao Buraco Negro central. Isto é muito, e explica porque as galáxias não atingem tamanhos muito grandes durante sua evolução: nas fases ativas (como 4C+29.30) os jatos empurram o gás da vizinhança do núcleo para fora da galáxia e limitam a formação de novas estrelas, impedindo que as galáxias cresçam demais. (Crédito da figura: Chandra).