No drops 7, falei da formação das galáxias. Neste drops 8, falo da formação dos surpreendentes Buracos Negros Supermassivos, e sua ligação com os Quasares, os objetos mais luminosos do Universo.
Galáxia OJ 287 e seu sistema binário de Buracos Negros Supermassivos
Repercutindo notícia de 28 de Abril de 2020: Observação de um “flare” produzido por um Buraco Negro Supermassivo em órbita em torno de outro gigante por cruzar seu disco de acreção!
O filme mostra uma simulação de um Buraco Negro gigante no centro da galáxia OJ 287, a 3.5 bilhões de anos-luz da Terra, com uma massa de 18 bilhões de vezes a massa do Sol. O que é mais interessante é que um outro Buraco Negro com massa 10 vezes menor, está orbitando este Buraco Negro maior. Duas vezes a cada 12 anos, o Buraco Negro menor atravessa o disco de acreção do Buraco Negro maior, produzindo um flash de luz mais luminoso do que um trilhão de estrelas. Astrônomos observando este sistema fizeram um modelo para prever o momento destes flashes e conseguiram prevê-los com uma margem de erro de somente 4 horas! As observações foram feitas com o Satélite Spitzer, que observa no infravemelho, em 2019. Em Janeiro de 2020, o Spitzer parou de funcionar depois de 16 anos de operações. O modelo mais recente e mais preciso foi feito por um grupo de cientistas liderados pelo estudante Lankeswar Dey, do “Tata Institute of Fundamental Research” de Mumbai, na Índia. O resultado apareceu no Astrophysical Journal Letters: https://iopscience.iop.org/article/10.3847/2041-8213/ab79a4
Homenageando o Telescópio Espacial: imagem que obtive com ele de um Quasar
#Universo #Astronomia #Quasares #Telescópio Hubble
Dia 24 de Abril de 2020 o Telescópio Hubble faz 30 anos. Homenageio-o aqui com uma imagem que obtive com ele de um Quasar. Quasares são os núcleos de galáxias mais luminosos do Universo devido à captura de matéria por um Buraco Negro Supermassivo ali presente. Eles estão tão distantes que é preciso excelente qualidade de imagem (daí a necessidade do Hubble) para observar seus detalhes. A imagem mostra a galáxia (delineada em branco) e gás ionizado (em laranja e violeta) se estendendo muito além do limite da galáxia, revelando a potência liberada pelo Quasar. (Crédito da figura: Bruno Dall’Agnol de Oliveira; publicação com base nestas observações.)