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(texto revisado em 14/04/2000)
Einstein na ETH e a busca do primeiro emprego Albert Einstein & Mileva Maric
Sociedade Brasileira de Física American Institute of Physics (AIP) Institute of Physics (IOP) - Inglaterra |
A imprensa mundial tem explorado o suposto lado perverso
da personalidade de Albert Einstein. Essa abordagem, beirando o sensacionalismo,
é recorrente quando se trata de mitos e gênios da Humanidade.
Esquecem
que gênios nas suas especialidades, esses mitos geralmente
são absolutamente normais em outras circunstâncias do seu
cotidiano, e, como qualquer indivíduo, sujeitos a desvios comportamentais.
A história está repleta de exemplos de falsas imagens (valorizadas
ou denegridas) de mitos em conseqüência da divulgação
de fatos isolados, sem a devida contextualização. É
o caso, por exemplo, de uma matéria assinada por Juan Carlos Gumucio
("El País"), veiculada no jornal Folha de São Paulo (FSP)
em 27/11/96 (1o caderno, p. 13).
Sob o título Cartas revelam um Einstein dominador, o texto registra as seguintes informações: (1) Mileva Maric, primeira mulher de Einstein, era uma brilhante cientista sérvia que abandonou sua carreira para cuidar dos dois filhos do casal. (2) Em carta de 1914, Einstein teria dirigido a Mileva tratamento mais do que grosseiro ("Você terá de se encarregar de que minha roupa esteja sempre em ordem (...). Você deve renunciar a todo tipo de relações pessoais comigo(...). (3) Einstein mantinha um relacionamento secreto com sua prima Elsa Lowenthal. Outros meios de comunicação exploraram a informação de que depois da separação, Einstein jamais visitou os filhos. Tendo o parágrafo acima como única fonte, o perfil de Einstein não poderia ser melhor do que o de um monstro. Todavia, é necessário ter em mente o contexto e o provável cenário psicológico para entender comportamentos aparentemente doentios. Talvez o mais biografado dos cientistas, é natural que muita mistificação tenha se difundido a respeito de Einstein. Todavia, biógrafos como Abraham Pais (que privou da sua amizade), Gerald Holton, Jürgen Renn, Robert Schulmann e Phillip Frank constituem fontes fidedígnas, a partir das quais podemos repor a verdade histórica. Em primeiro lugar, Mileva Maric não era uma "brilhante cientista". Era realmente uma mulher de destacada capacidade intelectual, mas daí a ser brilhante, vai uma grande diferença. A ilação de que ela havia colaborado na formulação da teoria da relatividade surgiu logo depois da descoberta, em 1986, de um conjunto de cartas de Einstein, no período em que este tentava conquistá-la. Em uma ou outra dessas cartas, quando Einstein falava nos estudos, referia-se ao "nosso trabalho". Uma breve polêmica alimentou os meios de comunicação de massa e algumas revistas especializadas, mas o equívoco foi logo evidenciado. Ref.?
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Sua vida conjugal foi conturbada não apenas pela fracasso do primeiro casamento, mas também pelo saúde debilitada de Mileva e do filho caçula, Eduard. Mileva, em constante crise de melancolia, morreu em Zurique, em 1948. Eduard, que herdou do pai os traços faciais e os talentos musicais, herdou da mãe a tendência para a melancolia. Escreveu poesias. Estudou medicina e queria ser psiquiatra. Muito cedo Einstein reconheceu indícios de demência no filho, que veio a falecer no Hospital Psiquiátrico Burgholz, Zurique, em 1965. |
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