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Elementos para a história do Centro de Pesquisas Físicas da URGS

Carlos Alberto dos Santos
Instituto de Física – UFRGS

Atualizado em 7/3/2009


Registros documentais

 

Em 1952 o reitor Elyseu Paglioli nomeou uma comissão, constituída pelos professores Bernardo Geisel e Antônio Cabral, por um arquiteto da Divisão de Obras da URGS, e tendo como secretário o estudante de física Darcy Dillenburg. A tarefa era desenhar o projeto do Centro de Pesquisas Físicas, tarefa esta concluída no ano seguinte. Conforme documento mencionado abaixo, o ato de criação do CPF foi assinado em 3 de setembro de 1953. Darcy Dillenburg foi um dos primeiros auxiliares de pesquisa contratados.

Para complementar esse documento, decidimos realizar uma investigação nos arquivos originais. Localizamos no IF-UFRGS uma caixa de papelão pardo, com uma etiqueta indicando a data do arquivo: 1954-1959. Na verdade, a caixa contém documentos de 1953 a 1959, a partir dos quais o presente texto foi elaborado.

Ao meu conhecimento, os primeiros documentos descrevendo o funcionamento do CPF são duas cartas assinadas pelo prof. Luiz Pilla, o primeiro Diretor Executivo do CPF.

A primeira carta, datada de 14/09/1953, é dirigida ao prof. Álvaro Difini, do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas e membro do Conselho Nacional de Pesquisas (CNPq) e contém as seguintes informações, entre outras:

  1. Havia um Conselho Deliberativo (não há indicação dos membros do CD, mas sabemos que o prof. Ary Nunes Tietböhl era um deles).
  2. O CD indicara o prof. Antônio Estevam Pinheiro Cabral para o cargo de Diretor Científico.
  3. Ao CPF foi destinada uma ala do piso térreo do “Instituto de Física” com uma área aproximada de 300 m2, mas havia a promessa do Reitor para a construção de um prédio próprio no próximo ano.
  4. Divisões de grande porte tal como “ciclotron” seriam instaladas nos terrenos da “Cidade Universitária cuja planificação está em marcha”.

Dois esclarecimentos sobre as informações acima.

    1. Em primeiro lugar, o "Instituto de Física" mencionado era um órgão da Escola de Engenharia. Funcionava em um prédio que foi demolido para a construção da Faculdade de Arquitetura. Ainda não encontramos documentos com as informações precisas, mas aparentemente uma parte do IF passou a funcionar na Faculdade de Filosofia. Talvez seja esta a área mencionada pelo prof. Pilla. Depois que o prédio foi demolido para a construção da Faculdade de Arquitetura, todo o IF foi transferido para a Faculdade de Filosofia.
    2. O "projeto ciclotron" não se concretizou, assim como o projeto da "Cidade Universitária" referido pelo prof. Pilla. Nos anos 1970, com uma nova proposta arquitetônica, a universidade construiu o Campus do Vale, onde encontra-se hoje todos os institutos da área de ciências exatas e da natureza, alguns laboratórios da Engenharia e alguns setores das ciências humanas. Crônicas sobre o Campus do Vale deverão ser publicadas mais adiante.

Algumas maquetes não executadas do Instituto de Física e Matemática e da Cidade Universitária são apresentadas aqui (Fotografias fornecidas pelo prof. Paulo Pedro Petry).

A segunda carta do prof. Pilla é dirigida ao Dr. Casimiro Tondo, que se encontrava no Instituto Politécnico do Brooklyn, em Nova York. Datada de 23/10/1953, contém as seguintes informações, entre outras:

1) O ato de criação do CPF fora assinado em 3 de setembro, após aprovação de seu Regulamento pelo Conselho Universitário.
2) No Conselho Deliberativo do Centro tinham assento dois representantes da Escola de Engenharia e dois da Faculdade de Filosofia.
3) O plano de desenvolvimento previa a criação das seguintes divisões científicas:

a) Matemática;
b) Física Teórica;
c) Eletrônica;
d) Alto Vácuo;
e) Radioquímica;
f) Emulsões nucleares e microscopia.

4) O campo de pesquisas escolhido é a Física Nuclear.

Na seqüência serão apresentadas, em ordem cronológica, informações obtidas em outros documentos contidos no referido arquivo.

No ofício 2/53, de 11/09/53, o Diretor Executivo, prof. Luiz Pilla, comunica ao prof. Antonio Estevão Pinheiro Cabral sua eleição para o cargo de Diretor Científico do Centro. A eleição se deu na sessão inaugural do Conselho Deliberativo, realizada no dia anterior.

Em 21/12 do mesmo ano, o prof. Ary Nunes Tietböhl envia ofícios a várias autoridades acadêmicas externas à URGS, comunicando sua nomeação como Diretor Executivo do CPF, em substituição ao prof. Luiz Pilla, que havia sido nomeado Diretor da Faculdade de Filosofia.

Visita do Reitor, em comemoração ao primeiro aniversário do CPF

Professores Antônio Cabral (esquerda) e Elyseu Paglioli

Professores Elyseu Paglioli (esquerda), Antônio Cabral (centro) e Gerard Hepp

Veja também:


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