Em 1896, Henry Becquerel obteve os primeiros indícios da força nuclear fraca na descoberta da radioatividade. Nos anos 30 houve um grande impulso no entendimento desta força: naquele tipo particular de radioatividade descoberto por Becquerel um nêutron dentro do núcleo atômico se transforma em um próton , criando, ao mesmo tempo, um elétron e uma outra partícula conhecida como antineutrino, ambas lançadas para fora do núcleo. Esse evento, conhecido como decaimento beta não podia ser consequencia de outros tipos de forças. A força nuclear forte mantém os prótons e nêutrons juntos no núcleo e a eletromagnética tenta separar os prótons. A força gravitacional não faz nada do gênero.
Inicialmente houve grande confusão em relação a essa força. Os físicos não gostavam da teoria: ela funcionava bem para o decaimento beta , mas quando era aplicada a processos mais exóticos fornecia resultados sem sentido.
Em 1967, o paquistanês radicado na Inglaterra Abdus Salam e o americano Steven Weinberg propuseram teorias que unificavam estas interações com a força eletromagnética , exatamente como Maxwell unificara eletricidade e magnetismo cerca de cem anos antes.
Ambos sugeriram que, alem dos fótons, existiam outras partículas, tipo fótons, que eram previstas teoricamente: partículas W eletricamente carregadas, positivamente e negativamente, cuja troca induz a força fraca da radioatividade beta e partículas Z, neutras. o W significa fraco, em inglês weak. A partícula irmã, foi batizada de Z por Weinberg porque tinha carga zero e por ser Z a última letra do alfabeto. (Weinberg esperava que esta fosse a última partícula da família).
Na teoria de Weinberg e Salam, o fóton, cuja emissão e absorção produz a força eletromagnética, e as partículas W e Z , sob energias maiores do que 100 GeV, atuariam da mesma maneira. Sob energias mais baixas, esta simetria entre as partículas W positivo, W negativo e Z nulo seria quebrada e todas elas ganhariam massas volumosas tornando o alcance das forças que carregam muito pequeno. Naquela época poucas pessoas acreditavam na teoria e, alem disso, não existia acelerador de partículas potente o suficiente para atingir 100 GeV.
Em 1978, um novo experimento em Stanford mediu a força fraca entre elétrons e núcleos atômicos confirmando o que a teoria tinha previsto e em 1979 Weinberg e Salam foram indicados para o Prêmio Nobel de Física. Em 1983 um grupo de várias centenas de físicos, sob a batuta de Carlos Rubbia, descobriu a partícula W, e em 1984, a partícula Z cujas existências e propriedades já haviam sido previstas na teoria original. Rubbia recebeu o Prêmio Nobel em 1984.