No dia 20 de setembro, iniciei o período de regência em uma turma de segundo ano do ensino médio no Instituto Estadual de Educação General Flores da Cunha. Chegando lá, às 7:30, fui falar com o professor titular da turma, o professor Paulo Heit, sobre a lista de presenças. Ele me entregou a lista de presenças, disse que a turma tinha 30 alunos e me avisou que alguns alunos da minha turma haviam se inscrito num projeto de microempresas da FIERGS, que ele chamou de projeto Júnior. Avisou-me também que, nesse dia 20 de setembro (sábado), os alunos que participavam do projeto teriam uma reunião marcada e uma exposição no shopping Iguatemi, conseqüentemente haveria um número menor de alunos em sala de aula.

        Acompanhada da professora Maria Helena Steffani, coloquei um aviso na porta da sala de aula dizendo que a aula seria na salinha de vídeo e nos dirigimos para lá. Quando lá chegamos, a porta estava fechada. Enquanto esperávamos que algum funcionário chegasse para abrir a porta, dois alunos chegaram.

        Um dos alunos me avisou que os funcionários desta sala não trabalhavam aos sábados e que era preciso ir até a vice-direção solicitar a chave. Então, fui até a vice-direção e não encontrei ninguém. Decidi ir até a sala dos professores, onde encontrei o professor Paulo e a professora Alessandra. Expliquei a situação a eles e então a professora Alessandra se dispôs a abrir a sala para mim. Ela abriu a sala, me entregou o retroprojetor e a chave da sala e me deu as instruçõesnecessárias.

        Os dois alunos entraram e nós nos apresentamos. Falei sobre o meu plano de trabalho e apliquei um teste de concepções alternativas sobre calor.

        Comecei a aula. Quando falei sobre as unidades de medida de calor, dei a definição de caloria e, então comentei sobre o valor calórico dos alimentos. A professora Maria Helena nos entregou três embalagens vazias de alimentos, que ela havia encontrado enquanto esperava que eu voltasse com a chave da sala.

        Com estas embalagens, pudemos estudar as tabelas que apresentam o valor calórico dos alimentos. Os dois alunos se interessaram bastante e assim puderam comparar o valor calórico da batata frita (110 kcal a cada 20g), do salgadinho (439 kcal a cada 100g) e da pipoca (439 kcal a cada 100g). Os alunos concluíram que a batata frita era, dos três, o alimento mais energético. Eles perguntaram sobre as fibras encontradas nos alimentos que ingerimos. Apesar de ter pouquíssimos alunos em sala de aula, a situação me ensinou bastante. Ensinou-me que nem tudo que planejamos pode ser seguido à risca, talvez seja por isto que educar seja um desafio cada vez mais apaixonante.

Águeda Maria Turatti