A fragmentação das disciplinas no currículo atual gera uma série de problemas e decorre, freqüentemente, da utilização do livro-texto como única fonte informativa. Então, os alunos não conseguem enxergar esses conteúdos tão compartimentalizados como parte de seu mundo e questionam a validade desses conceitos e o quanto é difícil estabelecer relações com a "vida real".

        O currículo atual não estimula perguntas relevantes, pois estas não podem estar aprisionadas nos limites das áreas disciplinares como, por exemplo, questões ambientais, guerras e o contexto social do aluno. A radioatividade é um bom exemplo de como um conceito está ligado em várias áreas: engloba a física, a biologia, a história, a química, questões relativas às guerras e desastres ecológicos.

        Trabalhar nessa concepção interdisciplinar obriga os alunos a incorporarem uma perspectiva global e, entre os professores, contribui para o trabalho em cooperação pois agrega objetivos comuns das várias disciplinas. Além disso o "conselho escolar toma novo significado (mesmo que isso gere alguns conflitos)".

        Uma coisa é certa: ensinar Física como é tradicionalmente feito nas escolas não torna interessante o aprendizado para os alunos. É preciso pensar na Física como parte da realidade, integrada com as demais disciplinas.

Carolina Abs