Os meios de ensino habituais devem ser revistos. Não é possível aceitar que um professor de física baseie suas aulas em um modelo centrado no uso quase exclusivo do quadro negro e tendo como única forma de avaliação a prova. Nenhum tipo de justificativa para o não uso de métodos alternativos de ensino pode, na minha opinião, ser embasado. Uma pessoa habilitada a lecionar Física deve, no mínimo, dominar a manipulação de demonstrações. Sabe-se há muito tempo, que os conceitos são mais facilmente construídos e compreendidos quanto mais facilmente consegue-se visualizá-los, principalmente de forma aplicada.

        As demonstrações com aplicações dos conceitos físicos só tendem a contribuir para a qualidade do ensino e para a conscientização da importância da física, pois além de tornar mais simples e concreto o seu entendimento, serve também de estímulo para os alunos. Esses passam, seguramente, a enxergar a física como algo presente em sua vida cotidiana e de absoluta importância e o seu desenvolvimento, juntamente com as outras ciências, vai ajudar a melhorar o desenvolvimento da sociedade e o seu próprio.

        Além de demonstrações e aplicações experimentais existe ainda um outro instrumento adicional altamente produtivo: é o uso de recursos computacionais! Estes recursos podem se apresentar em duas partes relevantes para o ensino de física. Uma é utilizar o computador para fazer demonstrações reais como por exemplo utilizar a placa de som com um software para estudar comportamentos ondulatórios. Outro é utilizá-lo para fazer demonstrações virtuais, que dificilmente se poderiam realizar em sala de aula como por exemplo estudos de movimentos relativísticos. Embora este instrumento excepcional não seja de domínio da maioria absoluta dos professores, deveria o ser, devido às suas características singulares de praticidade e estética, pois também este é um fator motivador para os alunos.

Alexsandro Stefenon