Aula 04 - Elaborando material em HTML

Ao longo dessa disciplina você já planejou aulas sobre tópicos de Física que preveem o uso de ferramentas digitais por parte do professor e/ou dos alunos do ensino médio. Ao longo desse curso você terá a oportunidade de planejar diversas outras aulas e guias. Você já pensou em disponibilizar esse tipo de material na internet ou organizá-lo em um CD ou DVD para que seus alunos e colegas possam ter acesso?

O último tópico dessa disciplina, que será abordado numa sequência de três aulas, diz respeito ao planejamento, construção e compartilhamento de material educacional na internet ou em um CD na linguagem criada especialmente para esse fim (HTML). O material gerado também será útil para a realização da tarefa vinculada à prática docente que iniciará a partir da sétima semana e pode envolver a publicação desse material na internet. Para tanto nessa aula serão apresentadas recomendações sobre a apresentação visual e os primeiros passos para a construção de arquivos em HTML. Nosso objetivo é que ao final da sexta semana vocês possam organizar o material gerado para a disciplina em um CD.

Situação-problema (Tarefa 4)

A tarefa dessa semana inicia o trabalho de preparação do CD com material didático que deverá ser finalizado ao término da Tarefa 6. A Tarefa 4 está dividida em duas partes:

Instruções para a entrega da tarefa: Todos os arquivos criados deverão ser postados no Moodle em um único arquivo zipado.

Introdução

Cada dia mais adeptos se agregam ao uso da internet especialmente por sua imensa capacidade de compartilhamento de informações na forma de notícias, opiniões, fotografias, vídeos e músicas. Existem sites de livre acesso ao público em que facilmente se pode disponibilizar os mais variados tipos de materiais, sem que para isso o usuário precise dispor de conhecimentos técnicos especializados. Exemplos de alternativas desse tipo são o compartilhamento de vídeos no Youtube e o uso de blogs do Wordpress. Podemos mencionar, ainda, os ambientes virtuais como o Moodle, com o qual vocês já estão bem familiarizados. No presente curso, o Moodle foi configurado de modo que é requerida uma senha de acesso, mas é possível configurá-lo de modo que possa ser visualizado livremente na rede e, ainda, simultaneamente conter várias diferentes regiões com acesso restrito, por ex., a página do Modellus.

Muitas vezes, todavia, o usuário está interessado em criar sua própria página com características específicas não contempladas por esses recursos gerais. Você como professor, por exemplo, pode se interessar por disponibilizar algum material instrucional contendo figuras, vídeos, simulações sobre determinado conteúdo de Física que não se adeque aos recursos que já lhes apresentamos. Você pode, também, desejar criar um CD ou DVD como uma nova forma de distribuição de materiais, que consiga atingir até mesmo alunos que não disponham de acesso fácil à internet.

Você pode ousar, conceber seu próprio material com o design que quiser, mas para ter ampla liberdade de criação o primeiro desafio que encontrará é trabalhar com a linguagem criada especialmente para a disponibilização de material na internet, denominada de HTML. (HTML é um acrônimo para expressão em inglês HyperText Markup Language; em português: Linguagem de Marcação de Texto).

Outros desafios no desenvolvimento de material educacional digital estão associados aos cinco aspectos interdependentes que temos mencionados desde a primeira aula dessa disciplina: validade de conteúdo, alinhamento com metas de ensino-aprendizagem, design, interatividade e modos de aplicação.

Tenha sempre em mente que para elaborar um material que ofereça melhores condições para que o aluno aprenda determinado tópico de Física, você terá que ter noções básicas sobre princípios norteadores da produção visual e sonora de materiais educativos digitais, sobre recursos e modos de aplicação considerados importantes para a aprendizagem de Física e sobre possíveis forma de integrá-los. Nessa aula nos concentraremos na recomendações relativas a webdesign e na criação de arquivos em HTML.

Carga cognitiva associada ao material digital

Aprender, na acepção da teoria da carga cognitiva, significa “estocar” conhecimento e/ou habilidades na memória de longo prazo de modo resgatável sob demanda e criar/utilizar esquemas para resgatar esta informação. Para que o conhecimento seja armazenado na memória de longo prazo, é necessário que estímulos vindos do ambiente sejam processados pela memória de curto prazo, também dita memória de trabalho. Esta memória, entretanto, tem capacidade e duração limitada. O respeito a esses limites no desenvolvimento de material educacional pode ser determinante no seu sucesso como facilitador da aprendizagem.

Uma das ideias básicas no planejamento é que a carga cognitiva associada ao material deve ser minimizada, ou seja, o esforço intelectual do aprendiz deve ser mínimo em relação ao uso do material. Nesse sentido, algumas das ações baseadas na teoria da carga cognitiva são:

Integrando diferentes mídias

Como a memória de trabalho tem componentes separadas para processar mídias diferentes, como som, imagem e vídeo, uma disposição adequada desses elementos, por exemplo, som e imagem, pode contribuir para uma integração entre esses processamentos de modo a facilitar o aprendizado de um determinado conteúdo. Entretanto, alguns cuidados devem ser tomados para evitar a redundância de informações de modo que venha a produzir uma sobrecarga positiva no aluno. Seguindo em nosso exemplo, o som deve complementar a imagem, sem competição pela atenção do aluno. Outro ponto importante é garantir o perfeito sincronismo entre elas, quando ambas são apresentadas concomitantemente. Também a competição e redundância entre animação e texto devem ser evitadas. A inclusão de vídeos com cenas reais precisa ser usada com moderação, pois, se por um lado apresentam a vantagem de trazerem à tona o fenômeno real, por outro podem dispersar a atenção dos estudantes. Animações simplificadas podem ser mais úteis que cenas reais, em muitas situações, assim como cenas virtuais geradas por computador também podem ser mescladas com cenas reais de modo a inserir informações adicionais (realidade aumentada) salientando os aspectos relevantes que desejamos enfocar.

Há outras recomendações relativas à carga cognitiva que afetam diretamente o design da página em que são apresentadas informações para o aluno, por exemplo, dispor os ícones de navegação sempre na mesma posição, para evitar que o aprendiz desperdice tempo e esforço meramente para descobrir como se locomover na página, ou ainda, não exagerar no realismo das apresentações. (distintos graus de realismo, curva de aprendizagem). Temos consciência que é enfadonho ler uma série de recomendações, porém não dispomos de outra maneira para alertá-los para detalhes que resultam importantes.

Recomendações relativas ao webdesign

Observe a página do Google uma das mais acessadas da internet. Tem-se aí um belo exemplo de várias das recomendações relativas ao design. Especificamente:

Você decide!

Aqui você visualiza dois exemplos disponíveis na internet há algum tempo. Você decide quais das opções apresentadas é a mais apropriada.

Criação de arquivos em HTML

O mais simples editor de HTML disponível para a plataforma Windows é um editor de texto simples como o "Bloco de Notas". Usamos esse programa para a criação do arquivo abaixo:

<html>
<head>
<title>Exemplo de arquivo HTML</title>
</head>
<body>
Este é um mero exemplo do mais simples arquivo em html.
</body>
</html>

No entanto, para usar somente o Bloco de Notas é necessário conhecer a sintaxe da linguagem, ou seja, basicamente conhecer os marcadores ou etiquetas (em inglês tags). Por exemplo, os marcadores <html> e </html> informam ao navegador onde começa e termina o arquivo html; <title> e </title> onde começa e termina o título que aparecerá na barra de navegação (indicada pela seta vermelha na figura abaixo); <body> e </body> delimitam o corpo principal do arquivo.

exemplo html

A maior parte dos internautas, entretanto, preferem softwares que apresentam uma interface amigável que dispensa conhecimento sobre a sintaxe da linguagem. Dentre os vários softwares gratuitos disponíveis destacamos o Visual Site Designer da CoffeCup e o Kompozer. O software pago mais utilizado para a edição de páginas é o Dreamweaver da Adobe. Optamos pelo Kompozer, por se tratar de um software livre e de fonte aberta, que além de permitir a criação de arquivos em HTML apresenta um sistema de gerenciamento e publicação de arquivos.

Um tutorial sobre o Kompozer esta à sua disposição aqui.

Atenção: Salientamos que para a realização da Tarefa 4 não é necessária a criação do arquivo em HTML atráves da escrita direta em código HTML. Os programas descritos acima criam automaticamente o código a partir da inserção das informações em um modo similar ao do Microsoft Word.

(Se você já tem algum conhecimento de HTML e prefere trabalhar diretamente com a arquivo fonte, recomendamos usar o Notepad++).

Recomendações básicas sobre HTML

Uma característica fundamental de arquivos em HTML é que eles usualmente apresentam algumas diferenças visuais em diferentes navegadores (por ex. Internet Explorer e Firefox); em diferentes versões de um mesmo navegador (e.g. Internet Explorer 6.0 e 7.0); e também em diferentes sistemas operacionais (e.g., Windows ou Linux). Pior do que isso é que determinados códigos em HTML só conseguem ser interpretados por alguns dos navegadores.

Para que sua página possa ser visualizada agradavelmente por um maior número de pessoas, independentemente do navegador e/ou sistema operacional utilizado:

Ferramentas

Materiais de apoio


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