Hoje em dia, há um apelo muito grande ao uso de novas tecnologias, porém para isso é necessário fazer uma reflexão crítica sobre elas. Precisamos fazer uma comparação entre as tecnologias e/ou operações mentais, aprendizagens, construção de competências antes de fazer um planejamento escolar.

        Nas escolas de ensino fundamental e médio, a informática geralmente não é adotada como uma disciplina com carga horária própria, porque não se espera que os professores possuam uma "didática da informática", exceto os que a ensinam como disciplina.

        O computador não é um instrumento próprio da escola; com ele os alunos não estarão aprendendo apenas os conteúdos estipulados pelo professor, mas também a manusear um equipamento que é muito usado profissionalmente.

        Não sei se uma cultura informática deveria ser mais um objetivo da escolaridade básica, já que a escola tem dificuldades para atingir seus objetivos mais fundamentais como o domínio da leitura e do raciocínio. Porém o mundo da informática, com seus editores de textos, CD-ROM, softwares maravilhosos, correio eletrônico, etc, está aí, e um dia é necessário começar a aprender para entrar nele.

        O correio eletrônico permite acesso a sites de todos os tipos e lugares do mundo. Ali encontra-se muita informação rica e descontrolada, tem o melhor e o pior, por isso pais e professores ficam reticentes ao seu uso. Acredito que a censura não é o melhor caminho, mas sim o desenvolvimento de um espírito crítico em seus usuários.

        As novas tecnologias ajudam a formar competências como: o julgamento, o senso crítico, o pensamento hipotético e dedutivo, a imaginação, a capacidade de observar, memorizar e classificar, a leitura e análise de textos e de imagens...

        O emprego da informática não será uma coisa imposta ao professor. Ele é quem deve decidir se vai utilizar as novas tecnologias em sala de aula ou não, pois é ele quem conhece a turma, que sabe quanto tempo tem disponível...

        O professor que utilizá-la terá acesso a informações científicas e documentais mais avançadas do que seus colegas que não a utilizam. Além disso, para utilizar as novas tecnologias em sala de aula não é preciso que o professor se torne um técnico, um especialista em informática, mas que seja um usuário alerta, crítico e seletivo, que saiba o que está disponível e faça escolhas. Tudo dependerá de como ele planejar e dirigir as atividades e para isso será necessário habilidade didática e de relação com o saber.

Águeda Maria Turatti