N° 403 / 5 a 12 de novembro de 2004

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Conforme já anunciado, sempre que possível publicará material referente às comemorações do Ano Mundial da Física.

Nesta edição temos a satisfação de publicar o artigo A FÍSICA CLÁSSICA DE CABEÇA PARA BAIXO. Como Einstein descobriu a Teoria da Relatividade Especial, do prof. Jürgen Renn. A primorosa tradução do prof. Sílvio R. Dahmen, do IF-UFRGS, valoriza o excelente trabalho do prof. Renn. Não que eu saiba alemão para expressar esta opinião; é que o texto em português tem uma qualidade superior, de onde depreendo, no mínimo, a excelência da tradução do nosso colega.

S.R. Dahmen

O prof. Renn é um destacado historiador da ciência. Foi Editor Assistente do volume 1 do The Collected Papers of Albert Einstein, e atualmente é Diretor do Instituto Max Planck para a História da Ciência, em Berlim, Alemanha.

Embora para o leitor iniciado na literatura referente à história da física o texto seja absolutamente claro, há alguns tópicos que merecem esclarecimentos complementares para o leitor menos habituado a esta literatura.

O autor faz referências a algumas cartas de Einstein para Mileva Maric, sua primeira esposa (ref. 3, 10, 11, 12 e 15). Esses documentos encontram-se nos Collected Papers e no livro “Albert Einstein/Mileva Maric: The Love Letters”, Princeton University Press (1992), organizado por Jürgen Renn e Robert Schulmann. Há uma tradução publicada pela Editora Papirus (“Albert Einstein / Mileva Maric: Cartas de Amor”).

No segundo parágrafo desta mesma seção, o autor refere-se a Besso como leigo (“...além do seu horizonte de leigo.”). Na verdade, Michele Besso era engenheiro, com bom conhecimento de matemática e física, e chegou mesmo a realizar cálculos referentes à teoria da relatividade geral. Talvez o prof. Renn esteja se referindo apenas ao fato de que Besso não era físico. Neste sentido, numa interpretação mais rigorosa, ele deveria ser considerado “leigo”.

O termo “Gedankenexperiment”, usado na seção “Problemas de fronteira na Física Clássica” é muito freqüente na literatura científica, e significa “experimento idealizado”.

Para concluir, espero que os leitores tenham o prazer que tive quando li este artigo.

C.A. dos Santos

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