1.a Lei de Kepler na forma de Newton:
(Não vamos deduzir)
As únicas órbitas possíveis para um corpo interagindo gravitacionalmente com outro são as secções cônicas: círculo, elipse, parábola ou hipérbole; planetas têm órbitas elípticas. |
A lei das órbitas elípticas dos planetas é uma consequência do tipo de força
(F ∝ 1/r2) que atua entre os planetas e o Sol.
O fator decisivo sobre o tipo de órbita é a energia do sistema.
Figura tirada de Wikipedia
A = πab |
O momentum angular dos planetas em relação ao Sol é constante, portanto dA/dt = h/2 = constante |
onde
Dedução:
(1)Definição de momentum angular:onde o produto vetorial × é tal que o vetor resultante é perpendicular ao plano definido pelos dois vetores envolvidos na operação, e tem módulo igual ao produto dos módulos dos dois vetores pelo seno do angulo entre eles.
ou seja, se o ângulo entre r e v é α,então:
L = rmv senα
Se v são paralelos, r × v = 0
(2) Prova de que o momentum angular de um planeta em relação ao Sol é constante:
dL/dt = d( r × p )/dt = (dr/dt × p + r ×(dp/dt) = dv ×p + r ×(dp/dt) = r ×F
Se F
tem a mesma direção de r, como é o caso da força gravitacional, então
r ×F= 0
→ dL/dt = 0 e L = constante.
(3) Prova de que o módulo do momentum angular do planeta é igual à área varrida pela linha reta que o liga ao Sol
Considerando a figura abaixo:
Onde chamamos vt à componente de v na direção perpendicular a r. para um intervalo de tempo Δt pequeno, vt pode ser aproximado pelo pedaço da órbita percorrido durante esse tempo, que é igual ao arco subtendido pelo ângulo Δθ, ou seja:
Comparando a expressão de ΔA/Δt com a expressão de L, vemos que:
que é constante porque o momentum angular e a massa são constantes.
Portanto:
A lei das áreas de Kepler é uma consequência direta da lei de
conservação do momentum angular.
Considerando um intervalo de tempo infinitesimal, e adotando h = L/m, temos:
dA/dt = h/2 |
Integrando a equação acima em um período orbital completo temos:
ou
Como a área da elipse é
Logo o momentum angular por unidade de massa é:
h= 2πab/P |
Dedução no parágrafo "Derivação da constante K", no capítulo Newton
Para qualquer conjunto de sistemas interagindo gravitacionalmente, podemos escrever:
M1K1=M2K2=.....=MnKn=4π2⁄G |
onde M = massa do sistema e K = P2⁄a3
A 3.a lei de Kepler, nesta forma, permite determinar massas de corpos astronômicos.
Do conceito de momentum angular:
No periélio:
Portanto
d(θ)/dt = h/r² = 2piab/r2Pa[a(1-e)}
Da definição de excentricidade, podemos escrever b= a(1-e²)^(1/2)
Logo
d(θ)/dt = h/r² = (2pi/P) (a/r)^2(1-e2)^(1/2)
Equação da energia
Considerando um sistema de dois corpos interagindo gravitacionalmente, onde
Sabendo que a energia total se conserva nesse sistema,
Energia total = 1⁄2(m1v12) + 1⁄2(m2v22) - Gm1m2 ⁄ r = constante |
Da conservação do momentum linear total:
Então:
Definindo
Podemos escrever:
Substituindo (2) em (1) podemos escrever:
Substituindo na equação da energia total:
Calculando o valor da energia total no periélio, onde
Encontramos que a energia total vale:
E = -Gm1m2/2a |
E a equação da energia fica:
v² = G (m1+m2)[2/r - 1/a] |
Casos especiais:
Na órbita circular a = r, e substituindo na equação da velocidade temos:
vcirc = √G(m1+m2)/r |
Para uma órbita circular, a energia total é negativa, já que:
E = -Gm1m2/2r < 0 |
Na órbita parabólica a = ∞, substituindo na equação da velocidade temos:
vesc = √2G(m1+m2)/r |
Para uma órbita parabólica, a energia total é nula, pois:
E = -Gm1m2/∞ = 0 |
Questões de revisão | Exercícios sugeridos: 2, 6, 8 e 9 da3.a lista de exercícios |
Auto-teste |
Veja mais exercícios simples sobre gravitação em: http://www.fisicalegal.net/exercicios/gravitacao/gravitacao2.html
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