Veja
alguns detalhes a mais sobre esses resultados, que foram obtidos pelo satélite mapeador da radição cósmica de fundo
WMAP (Wilkinson Microwave Anisotropy Probe), aqui .
Fenômenos como o das lentes gravitacionais são causados pela matéria escura, e constituem uma das maneiras de tentar medir sua quantidade.
O futuro do universo
Sem considerar a energia escura,
a evolução futura do universo depende
apenas da quantidade de matéria (luminosa+escura) que ele contém.
Se o universo tiver matéria suficiente para a gravidade vencer a expansão, então em uma época futura as galáxias vão parar de se separarem e vão passar a se aproximarem umas das outras à medida que o universo como um todo vai passar a encolher. Isso pode levar ao recolapso do universo, que terminará em uma
grande implosão. A grande implosão pode ser seguida de um novo big bang criando um novo universo. Nesse cenário a evolução do universo pode ser um ciclo infinito iniciando com expansões violentas e terminando com grandes implosões.
Se esse for o destino do universo, então vivemos em um universo
recolapsante.
Um universo assim tem geometria fechada, com curvatura positiva, representada por uma superfície esférica.
Se, pelo contrário, a quantidade de matéria no universo for insuficiente para a gravidade sobrepujar a expansão, esta vai continuar para sempre, com taxa de expansão aproximadamente constante. As galáxias irão se afastando cada vez mais entre si até umas saírem do campo de visão das outras. O universo continuará a crescer enquanto gerações e gerações de estrelas nascem e morrem até não ter mais nenhuma estrela no céu. O universo terminaria num estado enorme, vazio, frio e escuro.
Um universo assim tem geometria aberta, com curvatura negativa, representada por uma sela de cavalo .
Um caso limite entre o universo aberto e o universo fechado é o universo plano, com curvatura nula.
Um universo plano corresponde a uma densidade de matéria-energia no universo exatamente igual a um valor chamado de
densidade críatica. O destino do universo assim é se expandir para sempre, mas com a taxa de expansão tendendo a zero.
O final seria o mesmo do universo aberto, só que levaria um tempo infinito para chegar ao estado final. Essa geometria é representada por uma superfície plana.
Atualmente os cosmologistas têm encontrado evidências de que a densidade de matéria-energia no universo tem um valor igual ao da densidade crítica, que corresponde a um universo plano.
No entanto a maior componente dessa densidade (73%) é a energia escura, que atualmente tem provocado a expansão acelerada.
Os astrônomos então consideram uma quarta possibilidade para o futuro do universo, o de que ele vai se expandir aceleradamente para sempre.
Se a força repulsiva da energia escura continuar dominando sobre a força atrativa da gravidade, então o universo se expandirá cada vez mais rápido,
fazendo com que galáxias e tudo que tem nelas, incluindo estrelas, planetas e os próprios átomos acabem destroçados numa final catastrófico, batizado de grande estilhaçamento
Possíveis cenários para a expansão (e possivelmente contração do universo. ). A curva
vermelha
representa o universo sem energia escura e com densidade de matéria maior do que a densidade crítica, que termina em uma grande implosão (universo fechado, recolapsante). A curva
verde representa um universo sem energia e com densidade igual à densidade crítica, que se expande para sempre com taxa de expansão tendendo a zero (universo plano, ou crítico). A curva
azul representa um universo sem energia escura e com densidade de matéria menor do que a densidade critica, que se expande para sempre embora cada vez mais devagar (universo aberto, com taxa de expansão constante). A curva
laranja
representa um universo dominado pela energia escura, o qual se expande aceleradamente tendendo ao grande estilhaçamento.
Fontes: