ENERGIA CINÉTICA DE TRANSLAÇÃO
Energia é a capacidade de realizar trabalho. Energia cinética está associada ao movimento do corpo (cine = movimento). Quando a força resultante (F) que atua sobre o carro de massa m é não nula, esta imprime uma aceleração a, fazendo com que haja variação da velocidade do corpo. Quanto maior a velocidade do carro, maior a energia cinética. Considerando um caminhão que tivesse a mesma velocidade do carro, mas possui maior massa, maior também será o trabalho realizado, ou seja , maior a energia cinética. Você pode observar esta situação em uma colisão do carro e do caminhão com um poste. Na colisão do caminhão com o poste, o trabalho é maior, do que o do carro com o poste. Obviamente o carro vai ficar mais danificado.
Vamos calcular o trabalho realizado por esta força quando há um deslocamento na direção (x), sobre uma superfície que não apresente atrito.
A equação da velocidade em um movimento uniformemente variado é:
v = v0+ a t a
= (v - v0) / t
x = ( (v + v0) / 2) t
O trabalho realizado pela força F é dado como sendo o produto da força (F) pelo deslocamento (x):
T = F .x
Como F = m a
T = m .a.x
Substituindo uma na outra, obtemos:
T = m (v - v0) / t ( (v + v0) / 2) t
T = m (v2 - v02)/2
T = ((m v2/2) - (m v02/2))
A metade do produto da massa pelo quadrado da velocidade é a energia cinética (Ec) do corpo:
Ec=( m v2)/2
Substituindo, temos:
T = Ec (final) - Ec (inicial)
ENERGIA CINÉTICA DE ROTAÇÃO
Um disco girando certamente tem energia cinética devido ao seu movimento de rotação.Mas a formula Ec=( m v2)/2 é o movimento do centro de massa do objeto (translação), no caso nula. Assim, devemos obter outra relação que associe a energia ao movimento de rotação do disco.
Trataremos o disco como uma coleção de partículas com diferentes velocidades. Somando as energias cinéticas de cada partícula encontraremos a energia cinética do corpo como um todo.
Ec = ( m1 v1² ) /2 + (m2 v2² ) /2 ...
Ec = ∑ ( mi vi² ) /2
Na qual mi é a massa da i - ésima partícula com velocidade vi.
Um problema é que nessa equação as velocidades vi são diferentes para partículas diferentes. Substituindo v = ώr onde ώ é a velocidade angular e r é a distância do eixo de rotação.
Ec = ∑ ( mi( ώri )² ) /2 = 0,5 ( ∑ mi ri² ) ώ²
Na qual ώ é a mesma para todas as partículas.
A grandeza entre parênteses nos diz de que forma está distribuída a massa ao redor do eixo de rotação. Ela é chamada de momento de inércia I do corpo e. Essa grandeza depende do corpo rígido e de seu próprio eixo de rotação. Assim:
I = ∑ (mi ri²)
Ec = Iώ² /2
Nas equações de energia cinética de translação e de rotação a sempre um fator de 1/2. Enquanto a massa m aparece em uma equação a distribuição da massa I em torno do eixo de rotação aparece na outra, e nas duas equações contém um fator quadrado de uma velocidade (translacional v, rotacional ώ). As energias cinéticas de translação e de rotação não são tipos diferentes de energia, as duas são expressas em formas apropriadas ao movimento em questão.
ENERGIA POTENCIAL
Quando um objeto de massa m está a uma determinada altura em relação a um nível de referência, ele tem capacidade de realizar um trabalho; esta energia associada à posição que o objeto está que é denominada energia potencial gravitacional (Ep). A energia potencial gravitacional (Ep) é calculada como sendo o produto do peso do objeto pela altura que ele está em relação a um nível de referência:
Ep = p.h = m.g.h
Outro tipo de energia potencial é aquela associada à posição da mola quando ela está sendo comprimida ou esticada; esta energia potencial associada à deformação da mola é denominada energia potencial elástica (E p elástica). Esta energia é calculada como sendo o produto da constante elástica (k) da mola pelo quadrado da deformação (x):
Ep elástica = (k x2)/2
Não existe somente as energias
potenciais gravitacional e elástica; há também as energias potenciais elétrica,
química, nuclear.
CONSERVAÇÃO DA ENERGIA
A energia mecânica (Emec)
de um sistema é a soma da energia cinética e da energia potencial. Quando um
objeto está a uma altura h, como já foi visto, ele possui energia potencial; à
medida que está caindo, desprezando a resistência do ar, a energia potencial
gravitacional do objeto que ele possui no topo da trajetória vai se
transformando em energia cinética e quando atinge o nível de referência a
energia potencial é totalmente transformada em energia cinética (fig.). Este
é um exemplo de conservação de energia mecânica.
A energia mecânica (Emec)
de um sistema é a soma da energia cinética e da energia potencial.
Quando um objeto está a uma altura h, como já foi visto, ele possui energia potencial; à medida que está caindo, desprezando a resistência do ar, a energia potencial gravitacional do objeto que ele possui no topo da trajetória vai se transformando em energia cinética e quando atinge o nível de referência a energia potencial é totalmente transformada em energia cinética (fig.8.5). Este é um exemplo de conservação de energia mecânica. |
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Na ausência de forças dissipativas, a energia mecânica total do sistema se conserva, ocorrendo transformação de energia potencial em cinética e vice-versa. Podemos escrever:
E mec = E p + E c = constante
onde E p = mgh e Ec =( m v2)/2
Substituindo, obtemos:
E mec = mgh + ( m v2)/2 = constante
E mec / m = gh + v2/2
= constante
Para qualquer posição em que for calculado a energia mecânica de um sistema, será encontrado sempre o mesmo valor , ou seja, a energia mecânica do sistema permanece constante.