Verificações experimentais
dos pressupostos das Equações de Maxwell foram feitas, não existindo sucesso nas
tentativas de medir um sistema de éter absoluto. Três experiências foram fundamentais:
1. A aberração da luz das estrelas (o pequeno desvio na posição
aparente das estrelas distantes em direção ao movimento orbital da Terra); 2. Medidas da velocidade da luz em fluidos que se movem
(Fizeau, 1859); 3. A experiência de Michelson e Morley (1881-1887). Destes experimentos, o mais importante
foi o de Michelson e Morley, que tentou medir a velocidade da Terra em relação a um
sistema absoluto. Concluiu-se que não há um sistema preferencial ou a Terra está
sempre no sistema preferencial e que a velocidade da luz é a mesma em todos os
referenciais inerciais, que contradiz o princípio da relatividade newtoniana e mostra
que as equações de Maxwell estão corretas. Neste experimento levantou-se a hipótese
de que o éter seja arrastado pela Terra, pois de acordo com o observado, era possível
que o éter não existisse. I. As Leis da Física são as mesmas em todos os sistemas de coordenadas
que se movem com movimento uniforme relativamente um ao outro, ou seja, em todos os
refernciais inerciais. II. A velocidade da luz no espaço vazio é a mesma em todos os
sistemas de referência e é independente do movimento do corpo emissor. No próximo tópico vamos discutir as Transformações
de Lorentz que colaboraram para a construção destes postulados.
A mesma conclusão de que o éter seja arrastado, foi considerada
quando temos fluidos em movimento. Isto somente seria possível se objetos menos volumosos
que a Terra consiguissem arrastar o éter.
Já a aberração das estrelas contesta o "arrastamento do éter",
a posição aparente de uma estrela descrevem uma pequena trajetória elíptica sobre a
esfera celestial, sendo o desvio angular da posição da ordem de v/c, com v sendo a
velocidade orbital da Terra. Não existiria aberração se o éter fosse arrastado pela
Terra.
No início de 1899, novamente em 1900 e 1904, H. Poincaré
sugeriu que o resultado experimental de Michelson e Morley manifestava que o
movimento absoluto não podia ser detectado por qualquer espécie de experiências de
laboratório, implicando que as leis da natureza deveriam ser as mesmas que as verificadas
par dois observadores em movimento uniforme um ao outro.
Portanto, o desenvolvimento da relatividade especial, foi
deixado por H. Poincaré e Albert Einstein, e também com auxílio de H. A. Lorentz, que
propôs um outro tipo de transformações de coordenadas conforme discutiremos no próximo
tópico.
Em 1905, com 26 anos, Albert Einstein publicou vários artigos,
entre os quais um sobre a eletrodinâmica dos corpos em movimento. Neste artigo, ele
propõe um princípio de relatividade mais abrangente, que se aplica tanto às leis da
mecânica quanto às leis da eletrodinâmica. Com base nos trabalho de Lorentz e Poincaré,
a teoria da relatividade especial (ou restrita) se baseia em dois postulados que Einstein
menciona explicitamente em seu artigo de 1905: