Einstein e a relatividade em 90 minutos

PAUL STRATHERN . Rio de Janeiro: Zahar, 1998.

 

 

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Não há, no Brasil, livro que seja recomendado para o leitor absolutamente leigo em assuntos relacionados a Einstein, tanto do ponto de vista científico, quanto histórico. O único que se aproxima dessa categoria é “Einstein e a relatividade em 90 minutos”, escrito por Paul Strathern. Trata-se de um pequeno livro de bolso, com 90 páginas, em estilo fluente e agradável. No entanto, para o leigo absoluto o texto apresenta questões quase incompreensíveis a partir da página 31, quando o autor diz “(...) devemos primeiro traçar a história científica da luz. Desde a época dos gregos antigos, filósofos e cientistas acreditavam que ela consistia em minúsculos grãos de matéria. (...) Em 1678, o astrônomo e físico holandês Christian Huygens sugeriu que a luz era de fato composta de ondas.” Mais adiante, na página 32: “Na década de 1860, Maxwell calculou que tanto as forças elétricas quanto as magnéticas deviam movimentar-se através do espaço com velocidade próxima à da luz.” Ultrapassados esses pequenos obstáculos, o leigo vai ficar encantado com a leitura deste livro. A propósito, o autor deixou passar a oportunidade para discutir a polêmica entre Newton e Huygens sobre a natureza da luz. Polêmica que, no século 20 desembocou na dualidade partícula-onda.

Não posso deixar de comentar uma pequena falha do autor, que deixou de mencio-nar a observação do eclipse solar de 1919, em Sobral. Mencionou apenas a ilha de Príncipe, no golfo da Guiné, na África portuguesa.

O prenome de Bohr aparece mais de uma vez grafado erradamente (talvez erro ti-pográfico): Nils, ao invés de Niels. Na verdade, o nome completo é Niels Henrik David Bohr.
(Texto inserido em 25/3/2005)


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