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Edição 2738 - Notícias de C&T - Serviço da SBPC
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1 de abril de 2005
Como parte do Ano Mundial da Física, o Instituto de Física da USP, junto com a Estação Ciência e outras duas sedes, prepara uma série de palestras gratuitas sobre o assunto
O projeto se chama 'Física para todos' e terá debates sobre a Teoria da Relatividade e Einstein, nanociência, mecânica quântica, o uso de radiação na medicina e outros assuntos.
Mas apesar dos títulos das palestras causarem calafrios naqueles que faziam de tudo para escapar da recuperação de Física quando estavam na escola, são justamente estas pessoas o principal público-alvo do projeto.
Todo o programa apresentará o básico das matérias, visando atingir os curiosos, que sempre quiseram entender mais sobre Física, mas não tinham para quem perguntar.
A primeira palestra é:
Elementar, minha cara partícula, com Marina Nielsen, do Instituto de Física da USP.
Resumo: 'Os constituintes dos átomos: os prótons, nêutrons e elétrons foram por muito tempo considerados como partículas elementares. Hoje em dia acreditamos que, dessas três partículas, apenas os elétrons sejam elementares. Os prótons e nêutrons são constituídos de outras partículas chamadas quarks. Sobre os quarks e as partículas formadas por quarks, os hádrons, estaremos falando nesta palestra. Os quarks, além de terem carga elétrica como os elétrons e prótons, possuem também uma outra propriedade, que chamamos cor, que os tornam muito diferentes: eles estão sempre confinados dentro dos hádrons, e não podem andar livremente por aí, como os elétrons.'
Locais e datas:
Estação Ciência, 2/4 (sábado), às 15h.
Informações pelo e-mail eventos@eciencia.usp.br ou fone 3675-8828.
(Assessoria de comunicação da Estação Ciência)
A partir de ações como estas, muitas outras poderiam ser desencadeadas com o objetivo de popularizar a ciência, bem como disseminar idéias hoje só debatidas em círculos muito especializados
Mensagem de Acioli de Olivo, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe):
É com satisfação que tomo conhecimento do Projeto Física para Todos, louvável iniciativa do Instituto de Física da USP, junto com a Estação Ciência.
A partir de ações como estas, muitas outras poderiam ser desencadeadas com o objetivo de popularizar a ciência, bem como disseminar idéias hoje só debatidas em círculos muito especializados.
Lembro que logo após o eclipse solar de 1919, quando os experimentos comprovaram o êxito da teoria de Einstein, o Scientific American ofereceu US$ 5.000,00 para a melhor explicação da teoria em 3 mil palavras, fato que, inegavelmente, deve ter contribuído para aumentar o interesse pelo conhecimento científico.
Vejo que além do interesse dos jovens estudantes, de graduação ou pós, muitos de nós, que estudaram (mal e porcamente) física e matemática na década de 70, novamente se interessam pelos avanços da ciência e têm poucas oportunidades para acompanhar o atual desenvolvimento.
Mesmo a teoria da relatividade a mecânica quântica, para nós, parecem tão distantes quanto estavam para os contemporâneos de Einstein e Planck.
Imagine então teorias recentes, como a teoria das cordas e a espantosa teoria M de Witten, este novo gênio, que segundo alguns, seria o novo Einstein?
Sugiro então que esta iniciativa da USP seja adotada pela SBPC e se faça, além de palestras, documentos impressos e também divulgados na internet, de modo a divulgar e popularizar teorias que podem ser a base da revolução do conhecimento no século XXI.