Agência FAPESP - Cientistas
norte-americanos e sul-coreanos descobriram que flutuações
magnéticas aparentemente são responsáveis pelo fenômeno da
supercondutividade em um composto chamado
plutônio-cobalto-pentagálio (PuCoGa5).
De acordo com os pesquisadores, a descoberta dessa
supercondutividade não-convencional pode levar à criação de uma nova
classe de materiais supercondutores e até mesmo à tão sonhada
síntese de supercondutores na temperatura ambiente.
O estudo, publicado na revista Nature, foi conduzido por
pesquisadores do Laboratório Nacional de Los Alamos, nos Estados
Unidos, e da Universidade Nacional de Chonnam, na Coréia do Sul. O
artigo descreve as evidências de como as flutuações magnéticas podem
ser responsáveis pela união de elétrons que leva à
supercondutividade no PuCoGa5.
Supercondutividade é um estado incomum da matéria no qual a
corrente elétrica circula sem resistência por um determinado
material, como resultado dos elétrons desse material atuarem em
pares. Desde a descoberta do PuCoGa5 no Laboratório de Los Alamos,
em 2003, os cientistas têm procurado entender se o composto é apenas
mais um exemplo comum de supercondutor ou uma forma inusitada,
mediada por flutuações magnéticas.
Embora as temperaturas nas quais a supercondutividade é observada
costumam ser muito baixas, alguns compostos, como o PuCoGa5,
apresentam o fenômeno em temperaturas maiores do que 219º C abaixo
de zero.
Segundo o Laboratório de Los Alamos, ainda que pareça muito
baixa, trata-se da mais alta temperatura de transição da
supercondutividade observada até o momento entre compostos baseados
no grupo dos actinídeos – do qual faz parte o plutônio e o urânio.
O estudo Unconventional superconductivity in PuCoGa5, de
N.J.Curro, T.Caldwell, E.D.Bauer e outros, pode ser lido por
assinantes da revista Nature, em http://www.nature.com/.