RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS II: PROPOSTAS DE
METODOLOGIAS DIDÁTICAS
Sayonara Salvador Cabral da Costa
Instituto de Física, PUCRS
Av. Ipiranga, 6681 90619-900 - Porto Alegre - RS
Marco Antonio Moreira
Instituto de Física, UFRGS
Av. Bento Gonçalves, 9500 91501-970 - Porto Alegre -
RS
Resumo
Trata-se de uma revisão de literatura na área de resolução
de problemas, particularmente em Física, enfocando apenas a questão
das propostas de metodologias didáticas, nessa área. Foram
analisados 33 artigos em termos de base teórica, metodologia proposta
e resultados/objetivos, os quais foram organizados em uma tabela que serviu
de base para uma síntese feita pelos autores. Este trabalho é
o segundo de uma série de quatro artigos abordando diferentes aspectos
do tema resolução de problemas.
Resumen
Tratase de una revisión de la literatura en el área de
resolución de problemas, particularmente en Física, enfocando
solo la cuestión de las propuestas de metodologías didácticas.
Fueron analisados 33 artículos en términos de base teórica,
metodología propuesta y resultados/objetivos, los cuales fueron
organizados en una tabla que sirvió como base para una síntesis
hecha por los autores. Este trabajo es el segundo de una serie de cuatro
artículos de revisión focalizando distintos aspectos del
tema resolución de problema.
Abstract
This paper presents a review of the literature in the area of problem
solving, particularly in physics, focusing only on proposed didactical
methodologies. Thirty-three papers have been analyzed in terms of theoretical
basis, proposed methodology, and research findings, which were organized
in a table that served as support for a synthesis made by the authors.
It is the second of a four-paper series reviewing different aspects of
the problem solving subject.
Apresentação
Este é o segundo de uma série de quatro artigos de revisão
da literatura na área de resolução de problemas, enfocando
particularmente o campo da Física. Nele apresentamos apenas trabalhos
que propõem uma metodologia didática em resolução
de problemas.
O primeiro artigo desta série focalizou trabalhos que relacionam
ou diferenciam a tarefa de resolução de problemas quando
executada por novatos ou por especialistas; os demais artigos enfatizam,
respectivamente, fatores que influenciam na resolução de
problemas e estratégias específicas sugeridas para facilitar
a atividade de resolver problemas.
Para efetuar esta revisão consultamos as seguintes fontes, nos
períodos indicados: Studies in Science Education (1981 a 1990);
Journal of Research in Science Teaching (1981 a 1994); European Journal
of Science Education (1979 a 1986) e International Journal of Science Education
(1987 a 1994); Enseñanza de las Ciencias (1983 a 1994); Science
Education (1980 a 1994); Revista Brasileira de Ensino de Física
(1984 a 1994); Caderno Catarinense de Ensino de Física (1984 a 1994);
Revista de Enseñanza de la Física (1985 a 1994). Alguns exemplares
de outras publicações, como Ciência e Cultura, Cognition
and Instruction, Engineering Education, e outras, foram eventualmente consultadas
e referidas no final deste artigo.
Justificativa e definição
O desenvolvimento, nos alunos, da capacidade de aprender nos parece
uma síntese dos objetivos psicopedagógicos de qualquer sistema
educacional de sociedades que querem preparar pessoas que tenham condições
de adaptar-se a mudanças tanto culturais, tecnológicas ou
sociais.
A resolução de problemas (R.P.), inserida em um ensino
baseado em transmissão e aquisição de conhecimentos
pode constituir tanto um conteúdo educativo como um modo de conceber
as atividades educativas. Conforme Pozo et al. (1994, p. 9) “O ensino baseado
na resolução de problemas supõe fomentar nos alunos
o domínio de procedimentos para dar respostas a situações
distintas e mutáveis”.
Ensinar ao aluno a resolver problemas consiste não apenas em
ensinar-lhe estratégias eficazes mas em criar-lhe o hábito
e a atitude de encarar a aprendizagem como um problema para o qual se tem
que encontrar respostas (ibid., p. 15).
A maioria dos autores parece concordar que a diferença entre
um problema e um exercício é que este último requer
mecanismos que nos conduzem de forma imediata à sua solução.
Por outro lado, uma mesma situação pode ser um problema para
algumas pessoas e um exercício para outras. De qualquer forma, tanto
exercícios como problemas requerem dos alunos a ativação
de diversos tipos de conhecimento, de procedimentos, de atitudes e motivações.
A Ciência Cognitiva têm contribuído para nos esclarecer
sobre o papel do conhecimento prévio específico na tarefa
de resolução de problemas, além do papel da prática
e da disponibilidade e ativação de conhecimentos conceituais
adequados. Este assunto foi enfocado no primeiro artigo onde as diferenças
entre novatos e especialistas foram especificadas. Neste artigo, o nosso
interesse é apresentar trabalhos que justamente visam transformar
o novato em especialista através de metodologias de sala de aula
que usam como veículo a resolução de problemas de
papel e lápis, principalmente. São estas metodologias que
chamamos de didáticas.
Artigos
Na revisão feita, encontramos 37 artigos sobre resolução
de problemas focalizando propostas de metodologias didáticas. Estes
artigos estão listados ao final e condensados na tabela 2 em termos
de autores/conteúdo/país, base teórica, metodologia
e resultados/objetivos. Como a tabela é auto-explicativa, passaremos
a tentar identificar regularidades, coisas em comum nesses artigos, tanto
no domínio conceitual como metodológico.
Regularidades
• No domínio conceitual (base teórica), dos 37 artigos
realizados, incluindo EUA, países europeus, Oriente Médio
e América Latina, há uma tendência majoritária
de enfatizar modelos construtivistas de aprendizagem, abrangendo: a construção
específica do conhecimento científico através da R.
P. (18); artigos embasados na teoria de Piaget (7); processamento de informação
(8); teoria da aprendizagem significativa de Ausubel-Novak (4).
• Destes modelos construtivistas, destaca-se o de Gil Pérez (1983;
1993) e Gil Pérez et al. (1983, 1985, 1988, 1989, 1990 e 1992),
ao todo 9 trabalhos, que apresentam uma metodologia em R. P. baseada numa
atividade de investigação científica, onde os alunos,
orientados pelo professor, são levados a analisar qualitativamente
uma situação problemática, propondo hipóteses
que permitam utilizar diferentes estratégias de solução;
durante a execução da tarefa, os alunos são incentivados
a verbalizar o máximo possível; a análise dos resultados
e sondagem de perspectivas futuras e diversificadas dos problemas constituem
o fechamento da tarefa.
• Destacam-se como “novas” metodologias (Linn, 1986) as que utilizam:
a análise de protocolos verbais (verbalização da resolução
de problema gravada); a comparação entre novatos e especialistas
(referida no primeiro artigo desta série), resultando em representações
do conhecimento como sistemas de produção e/ou árvores
hierárquicas; a um nível de análise detalhado da solução
de problemas individuais confirma-se com isto a tendência das metodologias
condicionadas ao conteúdo das tarefas para as quais se aplicam,
desmistificando o uso de metodologias gerais em R. P.
• Física (17 artigos), Ciências (12), Biologia (2), Matemática
(2), Química (2) e independentes do conteúdo - testes de
raciocínio (1), abrangendo várias áreas (1).
• A Espanha contribuiu com 14 artigos; seguem os EUA (8), Brasil (7),
Inglaterra (2), Reino Unido (3), França (3), Holanda (2), Israel
(2), Venezuela (1) e Argentina (1). Nesta seleção, os artigos
cujos autores provinham de países diversos, são referidos
mais do que uma vez.
• No que se refere aos resultados de pesquisa, parece que há
um consenso que a atividade docente em R. P. deve ser repensada a fim de
proporcionar uma participação maior do aluno desde a proposição
do problema até a sua solução, enfatizando processos
que estimulem o uso do conhecimento conceitual e do procedimental; no combate
às concepções intuitivas são recomendados mais
tempo do que geralmente se gasta para trabalhar estes conceitos e uma abordagem
mais profunda que ao mesmo tempo promova retomada freqüente dos mesmos,
no sentido de realimentá-los e reavaliá-los; enfatizar processos
em R. P. que caracterizem a descoberta científica em um único
domínio; a necessidade de prática em R. P. acompanhada da
justificativa desta prática ativa a metacognição,
principalmente quando permite comparar diferentes processos de R. P. e
suas dificuldades.
Conclusão
As metodologias didáticas em R. P., observadas nesta revisão
da literatura,, certamente constituem uma fonte de informações
relevantes para o aperfeiçoamento da prática docente para
professores de qualquer nível escolar ou universitário e/ou
pesquisadores nesta área.
Sendo um recurso indispensável para o ensino da Ciência,
em geral, e da Física, em particular, a prática de resolução
de problemas precisa ser repensada pelos envolvidos no processo ensino-aprendizagem
e ninguém melhor do que o professor ou o professor/pesquisador para
empreender esta empreitada que, com certeza, só trará benefícios
para seus alunos.
O conhecimento por parte do professor (ou professor/pesquisador) dos
processos envolvidos na resolução de problemas e das dificuldades
que os alunos encontram nos mesmos, permitirá que a tarefa seja
apresentada pelo professor de uma forma a minimizar estes percalços;
por outro lado, se for facultado ao aluno a existência e os “remédios”
destas dificuldades, acreditamos que um esforço conjunto permita
um melhor rendimento nas tarefas de R. P.
TABELA 2
Trabalhos que propõem uma metodologia didática
em resolução de problemas
AUTORES/PAÍS
|
BASE TEÓRICA
|
METODOLOGIA
|
RESULTADOS/OBJETIVOS
|
1. Driver e Erickson (1983)
(Física)
Inglaterra
|
Visão construtivista do conhecimento
|
* Utilização da técnica "brainstorming"
(tempestade de idéias)
.* Abordagem na área da linguagem, comparando a natureza da
mesma entre estudantes e professores
.* Utilização de atividades instrucionais que requeiram
que o estudante organize suas observações, justifique e classifique
suas idéias
.* Prover ao estudante oportunidades para que ele explore novos fenômenos
e idéias
.* Encorajá lo a escutar e apreciar pontos de vista alternativos
sem perder a confiança na sua própria capacidade de compreender
e atuar
.* Oportunizar que ele construa o seu conhecimento.
|
A proposta pretende agir sobre os indivíduos que, ao resolverem
problemas, são influenciados naturalmente por suas estruturas conceituais.
O exame de alguns aspectos metodológicos e teóricos envolvidos
em estudos sobre as idéias intuitivas dos alunos conduz à
necessidade de clarificar o que se entende por "Ciência da escola",
levando a sério a metáfora do estudante como cientista.
|
2. Peduzzi (1984)
(Física)
Brasil
|
Não cita
|
* O professor deve estimular os alunos a questionar mais os problemas
que resolvem, talvez incluindo subitens que os levem a pensar mais sobre
o que estão fazendo.
|
Estudo feito com calouros em engenharia mostrou que, mesmo havendo
bom desempenho em tarefas de R.P. tradicionais, isto não garante
necessariamente a compreensão dos conteúdos abordados.
|
3. Driver (1986)
(Física)
Inglaterra
|
Psicologia cognitiva do processamento da informação vista
como teoria construtivista
|
* Estratégia baseada na perspectiva da aprendizagem construtivista,
subsidiada pela revisão de trabalhos sobre concepções
de alunos em Mecânica:
1. identificação de idéias prévias dos
alunos;
2. discussão das mesmas através de contra exemplos;
3. introdução dos conceitos;
4. utilização das novas idéias em um leque de
situações.
|
Últimos estudos sobre a cognição sugerem uma mudança
na forma e nas estratégias usadas para ensinar, no sentido em que
o estudante seja impulsionado a construir seus próprios significados.
|
4. Gorodetsky, Hoz e Vinner (1986)
(Física)
Israel
|
Piaget, Siegler e Richards (1979)
|
* Construção de um sistema hierárquico de soluções
de problemas com base nas componentes semânticas e de domínio
específico do problema.
* Este sistema foi obtido pelo resultado da resolução
de dois problemas sobre velocidade, distância e tempo, aparentemente
similares, mas de soluções e dificuldades diferentes, por
563 estudantes de 12 escolas secundárias israelenses, entre a 9ª
e a 11ª séries, com nível em R.P. de médio para
cima.
|
* O modelo proposto caracteriza em detalhes o conhecimento conceitual
e procedimental dos estudantes, individualmente e em grupo.
* Os princípios para selecionar problemas para avaliações,
a análise para obter soluções e o sistema hierárquico
de R.P. podem constituir se em um instrumento diagnóstico para professores
em aula.
|
5. Reif (1987)
(Física)
EUA
|
Processamento da informação
|
Proposta de um projeto (tema Aceleração) composto de
dois momentos:
1. Pré teste
- Ensino
2. Diagnóstico:
- dos seus erros
- dos erros dos outros
Pós teste
|
Os computadores podem ser excelentes ferramentas para a pesquisa em
projetos instrucionais desde que garantam que o conhecimento adquirido
pelos estudantes seja explícito, coerente, confiavelmente interpretado
e testável.
|
6. Peduzzi (1987)
(Física)
Brasil
|
Cita resultados de trabalhos de alguns autores sobre formas de representação
dos alunos (Clement, 1981) e concepções espontâneas
(Sebastiá, 1984; Zylbersztajn, 1983; Axt, 1986)
|
São discutidos dois problemas de mecânica cujas soluções
corretas contrastam com as idéias intuitivas de calouros do curso
de engenharia:
* os alunos resolvem um teste escrito de escolha múltipla com
justificativa;
* realizam o experimento, relativo à situação,
com discussão ampla;
* resolvem com formalismo adequado.
|
Tanto a mudança conceitual quanto a de atitude em R.P. são
lentas. Algumas características:
* o aluno sofre um impacto ao constatar que suas intuições
não estão corretas;
* o aluno não está habituado a contest
ar nem os problemas nem suas respostas;
* muitos alunos não estão estimulados para aprender;
* os alunos apresentam muitas dificuldades em R.P.
|
7. Altés e Mercé (1988)
(Física)
Espanha
|
Método científico proposto por Sánchez (1985)
|
* Proposta de um método didático para R.P. derivado de
uma metodologia científica baseada em um modelo (Sánchez,
1985) composto por três fases diferindo em níveis hierárquicos:
fenomenológica, hipotética e teórica.
* Neste modelo, a(s) hipótese(s) a posteriori se constituirão
na explicação da lei experimental.
|
Além de mostrar as dificuldades que alunos universitários
(19 - 21 anos) têm em formar hipóteses a posteriori, mostra
a utilidade deste método para se obter informações
epistemológicas sobre os seus modelos conceituais.
|
8. Fuzer (1988)
(Física)
Brasil
|
Operações de pensamento de Louis Raths (1977)
|
Propõe uma metodologia baseada numa atividade onde os alunos
(no caso, secundaristas) recebem um roteiro onde consta uma introdução,
uma atividade experimental e questões de reflexão (conclusão).
|
* Alunos de 1ª série têm mais resistência ao
trabalho (no método).
* Os de 2ª série acostumam se mais com o método
principalmente se outras disciplinas incentivarem o pensamento sistemático
e organizado.
* Os de 3ª série consideram as aulas de Física as
melhores entre todas.
|
9. Gil Pérez, Martinez Torregrosa e Serent Pérez (1988)
(Física)
Espanha
|
Concepção construtivista da aprendizagem
|
Apresenta um modelo de R.P. como atividade de investigação
científica, baseada no construtivismo na aprendizagem de ciências,
que sirva de instrumento de mudança conceitual.
|
Cabe ao professor:
* apresentar problemas cujos enunciados situações problemáticas
abertas obriguem o aluno a tarefas de investigações;
* orientar os alunos a atribuir um papel relevante à análise
qualitativa do problema;
* enfatizar o papel das hipóteses na R.P.;
* incentivar diferentes estratégias de R.P.;
* promover a discussão dos resultados entre os alunos.
|
10. Garrett, Sutterly, Gil Pérez e Martínez Torregrosa
(1990)
(Física)
Espanha e Reino Unido
|
Concepção construtivista da aprendizagem
|
Para as causas do fracasso em R.P. apontadas por professores formandos
e em serviço, os autores sugerem a R.P. tratada como investigação
científica.
|
Os autores propõem uma reflexão descondicionadora para
os professores sobre as causas do fracasso dos alunos (e deles próprios)
em R.P.
|
11. Andrés (1991)
(Física)
Venezuela
|
Ausubel, Novak e a teoria do processamento da informação
|
Uso do método de Glaser, Bassok et al. (1988) para desenvolver
estratégias cognitivas e metacognitivas:
1. explicação do funcionamento e utilidade da estratégia;
2. modelagem;
3. ensino recíproco (em pares);
4. aprendizagem em grupo.
|
* Saber para que serve a estratégia fomenta a metacognição.
* A modelagem por parte do professor facilita a construção
da aprendizagem por parte do aluno; correção imediata; diminuição
gradual de apoio.
* Comparação de diferentes pontos de vista e processos
ativa a metacognição.
|
12. Saltiel (1991)
(Física)
França
|
Faz referência a Piaget
|
A proposta discute resultados de pesquisa (Mourines, 1987) com 32 alunos
de curso pré universitário onde os problemas são utilizados
com duas versões: EQF (exercícios qualitativos funcionais)
e EQN (exercícios quantitativos numéricos).
|
Os EQF, que envolvem relações entre grandezas para as
quais se pode prever o comportamento de uma, conhecidos os das outras,
são ao mesmo tempo recursos de ensino e de controle.
|
13. Gil Pérez, Torregrosa, Ramirez, Dumas Carrée, Gofard
e Pessoa de Carvalho (1992)
(Física)
Espanha, França e Brasil
|
Proposta construtivista
|
* Proposição de verdadeiros problemas para os quais não
se tem resposta elaborada (problemas abertos).
* Proposição de uma estratégia de investigação
envolvendo a consideração da situação, estudo
qualitativo da mesma, emissão de hipóteses, elaboração
e explicações de possíveis estratégias de solução,
R.P. verbalizando ao máximo, análise de resultados e perspectivas
futuras; "memória" de todo o processo.
|
A proposta pretende chamar a atenção sobre certos "vícios
metodológicos" como a tendência de seguir operativismos
cegos ou a pensar em termos de certeza, omitindo possíveis caminhos
alternativos ou análise de resultados.
|
14. Grupo de trabalho em R.P. (1992)
(Física)
Brasil
(envolvendo pesquisadores de países latino americanos)
|
Construção do conhecimento científico pela R.P
|
Papel do docente:
* planificador do programa de investigação ocasionado
na R.P.;
* facilitador;
* orientador;
* aprendiz.
Recomendações: cuidar que a redação do
problema seja clara; estimular que o aluno apresente problemas; estimular
a inter relação entre a teoria e a metodologia empregada
na R.P.; selecionar problemas correspondentes a situações
reais e/ou interessantes; apresentar problemas abertos e fechados.
|
O grupo entende que os problemas e sua resolução deveriam
incorporar se como um enfoque do currículo e não só
como estratégia e/ou avaliação (interpretação
tradicional).Sob esta perspectiva, o aluno passa a ter dois papéis
(aluno e aluno docente), participando tanto de sua solução
como da proposição do problema.
|
15. Peduzzi, Moreira e Zylbersztajn (1992)
(Física)
Brasil
|
Aprendizagem significativa de Ausubel
|
Apresentação de um texto de Mecânica que conjuga
concepções espontâneas, R.P. e história da ciência,
visando modificar a atitude em R.P. de Física.
|
Por meio do texto os autores pretendem:
* apresentar e discutir aspectos da R.P. que podem ajudar os alunos
a ter uma visão mais crítica sobre esta área da aprendizagem;
* utilizar a R.P. para lidar com as idéias intuitivas, estimulando
o aluno a raciocinar sobre os aspectos conceituais e não apenas
na sua solução matemática formal.
|
16. Gangoso e Moreira (1994)
(Física)
Argentina e Brasil
|
|
Modelo de R.P. por investigação de Gil Pérez Incorporação
de mapas conceituais ao modelo de R.P. em cursos de formação
de professores com o fim de:
1. insistir explicitamente nas atividades criativas do modelo científico;
2. pôr em discussão a didática habitual de R.P.
|
A estratégia pretende uma reflexão e orientação
didáticas para situar novos professores como solucionadores de problemas
de Física.
|
17. Chiappetta e Russell (1982)
(Ciência da Terra)
EUA
|
Piaget e Taxonomia de objetivos educacionais de Bloom
|
Análise da relação entre variáveis independentes
do grau de raciocínio lógico e método instrucional
(convencional × R.P.).
Proposta: aulas com leituras de textos e discussões; apresentação
de audiovisuais; questões orientadas pelo professor em nível
de aplicação e análise; atividades de R.P. de laboratório
em nível de aplicação envolvendo apresentação,
obtenção de informações importantes e análise/solução
do problema.
|
* O grau de pensamento lógico dá conta de 15% da variação
de êxito em R.P. no conteúdo de Ciência da Terra.
* A competência intelectual parece ser mais influente neste aspecto
do que o procedimento instrucional.
* Aparentemente a ênfase em R.P. foi a responsável pelos
melhores escores no teste de aplicação.
* Não há interação entre tratamento e pensamento
lógico.
|
18. Gil Pérez e Torregrosa (1983); Gil, Torregrosa,
Dumas, Caillot, Castro (1988); Gil (1983, 1993); Gil, Carrascosa, Furió
e Torregrosa (1991) *
(Ciências)
Espanha e França
|
Concepção construtivista da aprendizagem
|
* Apresentar problemas cujos enunciados obriguem o aluno a tarefas
investigativas (problemas abertos).
* Atribuir papel relevante à análise qualitativa.
* Enfatizar o papel das hipóteses na R.P.
* Incentivar diferentes estágios de R.P.
* Promover a discussão dos resultados entre os alunos.
|
Modelo pretende servir de instrumento de mudança conceitual.
|
19. Novak, Gowin e Johansen (1983)
(Ciências)
EUA
|
* Aprendizagem significativa de Ausubel Novak
* Taxonomia de Bloom
|
* Utilização de mapas conceituais e Vê tentando
nudar o desempenhao de alnos em R.P.
* Trabalho feito com alunos de 7º e 8º ano de escolas norte-americanas
utillizandoo teste da "Garrafa de vinho"; dois grupos
não receberam instrução por mapas.
|
O desempenho dos alunos em novos problemas sugere que as estratégias
(mapas e Vês) são úteis para melhorar o desempenho
em R.P.
|
20. Gil Pérez e Carrascosa (1985)
(Ciências)
Espanha
|
Modelo de investigação para R.P.
|
Necessidade de introdução de uma metodologia científica
na "Ciência da escola" para mudar os hábitos de
pensamento dos alunos.
|
Primeiros resultados já foram conseguidos com alunos secundaristas
e universitários, reforçando a crença de aperfeiçoamento
em aprendizagem em Ciências.
|
21. Linn (1986)
(Ciências)
EUA e Israel
|
Piaget e processamento da informação
|
"Novas" metodologias para o Ensino de Ciências:
* análises de protocolos;
* comparação de especialistas e novatos;
* representação do conhecimento sistemas de produção
ou árvores hierárquicas;
* nível de análise detalhado da solução
de problemas individuais
|
* Recentes avanços na pesquisa psicológica - capacidade
de processamento, R.P. envolvendo meta raciocínio, concepções
intuitivas - refletem correspondentes avanços na metodologia.
* Especificamente para combater as concepções intuitivas,
recomenda tempo, abordagem profunda e ênfase nas mesmas, em vários
domínios.
* Incorporar ênfase mais profunda nos processos de R.P. que caracterize
a descoberta científica num único domínio.
* Aumentar a intensidade com que os conceitos científicos são
apresentados durante a instrução.
|
22. Garrett (1988)
(Ciências)
Reino Unido
|
Cita a visão de Ciências de Kuhn e Popper
|
* Enfoque em R.P.: i) estimular a compreensão real dos aspectos
do problema, permitindo uso da originalidade; ii) fomentar a formulação
de hipóteses, fortalecendo a atitude mais aberta, flexível
e realista frente às descobertas da Ciência e as limitações
do processo científico.
|
* A R.P. é um processo presente na vida cotidiana como nos campos
específicos da ciência e da tecnologia.
* Deve se encontrar um equilíbrio na administração
de problemas em classe (quebra cabeça, problemas fechados, abertos)
permitindo um ensino através (e não à margem) dos
processos científicos.
|
23. Kramers Pals e Pilot (1988)
(Ciências)
Holanda
|
Cita trabalhos sobre processamento da informação
|
* Quatro linhas de ação são apresentadas para
ensinar a resolver problemas quantitativos, baseados em resultados de pesquisa:
1. analise dificuldades dos alunos;
2. desenvolva um sistema de heurísticas;
3. selecione e mapeie relações "chaves";
4. projete instrução com exercícios, orientações
e revisões apropriadas; para ser eficiente, a prática não
deve envolver tentativa e erro, mas deve ser estruturada de modo que o
conteúdo e aspectos relativos à estratégia devam ser
estruturados.
* Não cita experimentação.
|
* Comparação de como estudantes resolvem problemas como
os especialistas o fazem, através de protocolos, deve ter presente
que, freqüentemente, especialistas omitem passos no processo (por
fazê los mentalmente) que são essenciais para os estudantes.
* Versão mais completa da heurística de Polya, contemplando
com heurísticas que ligam o problema ao mundo real; sugere que os
estudantes trabalhem em dupla, onde um faz e o outro escuta, encorajando
vocalização e acurácia.
|
24. Furió e Gil Pérez (1989)
(Ciências)
Espanha
|
Concepção construtivista da aprendizagem
|
Proposta para a Didática das Ciências em cursos de formação
de professores:
* Estudos da construção e aprendizagem dos conceitos
e o papel das concepções prévias.
* Familiarização com as características do trabalho
científico enfatizando a R.P. como ponto de partida para a construção
do conhecimento.
* Atitude diante da ciência e sua aprendizagem.
|
A fundamentação teórica proposta para a Didática
das Ciências pretende propiciar uma autêntica formação
docente ao professorado de Ciências, a qual inclui a R.P.
|
25. Watts e Gilbert (1989)
(Ciências)
Reino Unido
|
Não cita (revisão da literatura)
|
Ênfase em R.P. do tipo:
* tarefa de implementação tradução do conceito
para a prática;
* mais qualitativa, da vida real, tecnológica, investigativa;
* tarefas mal definidas onde somente a informação relevante
e os materiais são dados;
* pouca referência a soluções de especialistas,
exceto talvez no final;
* desenvolvimento de estratégias que envolvam experimentação
prática que desenvolva habilidades manipulativas e cognitivas.
|
* Reforma curricular do Reino Unido (1988) pretende incentivar este
tipo de atividade desde os primeiros anos escolares.
* R.P. é recomendada como atividade curricular e extracurricular.
* É uma forma valiosa de prover situações de ensino
mais abertas.
|
26. Gascon Pérez (1985)
(Matemática)
Espanha
|
Cita Ausubel, Gagné, heurística de Polya, Guilford (1977)
e Landa (1972)
|
* Proposta de método geral de R.P.
1. Etapa de avaliação (pré e pós teste)
- 2 sessões.
2. Etapa de exemplificação professor raciocina em voz
alta método geral de R.P. - 3 sessões.
3. Etapa de treinamento: o aluno exercita a R.P., respeitando se o
seu ritmo, com o professor orientando o -15 sessões (método
de interrogação progressiva).
4. Avaliação interna do processo.
* Esta didática foi aplicada ao longo de 83/84 para mais de
300 alunos (8 grupos) secundaristas, no horário normal de aula.
|
* Esta didática conseguiu alcançar o seu objetivo mais
específico, o de melhorar o delineamento do problema.
* Fatores cognitivos considerados (capacidade intelectual, habilidades
primárias e conhecimento prévio) mostraram se essenciais
à aprendizagem, além de fatores situacionais e de motivação.
* Deve se acrescentar à heurística proposta, observações
quanto à leitura e interpretação do problema.
|
27. Arrietta Gallastegui (1989)
(Matemática)
Espanha
|
Paradigma pós-piagetiano
|
* Intensificação de condutas diretivas e estratégias
de R.P.
* Intensificação de uma interação dinâmica
entre conteúdos matemáticos e processos empregados para R.P.
dos mesmos, observados e descritos pelas condutas matemáticas derivadas
de tarefas entrevistas.
|
A pesquisa derivada da psicologia evolutiva e do processamento da
informação encontra um bom exemplo nos estudos sobre adição
e subtração, sendo incorporada como um guia para favorecer
o bom desempenho em R.P.
|
28. Rivers e Vockell (1987)
(Biologia)
EUA
|
Processamento da imformação
|
Emprego de simulações de computador para melhorar as
habilidades em R.P., contanto que as diversas estratégias de pesquisa
das simulações sejam incorporadas às estratégias
de R.P. dos alunos.
|
A metodologia mostrou se benéfica na aplicação
de pós testes das unidades seguintes onde ficou demonstrado o nível
de raciocínio científico crítico superior no grupo
experimental.
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29. Smith (1988)
(Genética)
EUA
|
Processamento da imformação
|
* Encorajar estudantes a pensar em voz alta.
* Utilizar modelo de R.P. baseado em sujeitos especialistas nesta área.
* Ajudar o aluno a reconhecer e desenvolver componentes individuais
de tarefas em R.P. de Genética.
* Realçar a probabilidade.
|
Na instrução em R.P., enfatizar o processo sobre o produto.
|
30. Kramers-Pals,
Lambrechts e Wolff (1983)
(Química)
Holanda
|
Processamento da imformação
|
Baseado no PAM Programme of Actions and Methods (Mettes e Pilot, 1980),
foi desenvolvido sistema de heurísticas SAPS Systematic Approach
to Problem Solving, onde são buscadas as relações
chaves para iniciar o problema.
|
* O que é problema padrão para professores não
o é necessariamente para alunos.
* Deve se ensinar alternativas de R.P., inclusive o processo "de
trás para frente", desde que, com isso, sejam encontradas as
relações chaves.
|
31. Pomés (1991)
(Química)
Espanha
|
Corrente pós-piagetiana
|
* Investigar a qualidade dos conceitos antes de uma sessão de
R.P.
* Habituar os alunos a leituras interrogativas dos enunciados.
* Conduzir a R.P. como uma atividade ativa que desenvolva a "capacidade
M" (Pascual Leone e Goodman 1979).
* Para turmas heterogêneas repetir a R.P. mais detalhada.
* Equilibrar a aprendizagem de processos e conteúdos realidade
holística.
* Propor problemas relacionados com a realidade.
|
A metodologia proposta pretende ajudar o desenvolvimento do aluno
no sentido de promover sua capacidade de raciocínio ao nível
requerido na atividade de R.P.
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32. Staver e Pascarella (1984)
(Teste de raciocínio de Piaget)
EUA
|
Piaget
|
* Efeitos dos níveis de raciocínio (Piaget) na resolução
de dois problemas, apresentados com métodos diferentes: entrevista
clínica individual, apresentação da tarefa seguida
ou não de ilustração, etc.
* Cada método era apresentado de modo (forma) diferente: completar
a resposta com justificativa, completar com escolha múltipla e justificativa,
etc.
|
* Não houve diferença no desempenho, nem pelo método,
nem pela forma utilizada.
* Recomendação que os professores utilizem os vários
métodos e formas.
|
33. Simon (1980)
(Várias áreas)
EUA
|
Inteligência Artificial
|
* Ao ensinar a R.P., deve se dar ênfase a:
i) tornar explícitas as heurísticas, tanto gerais (e.g.,
análise de meio e fim), quanto às específicas (e.g.,
conservação da energia);
ii) conscientizar os estudantes como as heurísticas estão
organizados na memória (sistema de produção), provendo
lhes um repertório de ações de R.P. mas também
condições;
iii) ajudar o estudante para atingir a auto instrução.
* Não cita metodologia.
|
* Objetivo de adquirir habilidade e não apenas conhecimento
requer prática.
* Habilidades gerais e competência em assuntos específicos
não representados em produções.
* Há vantagems de treinar R.P. em assuntos específicos
pois facilita a transferência de habilidades.
|
* Estes cinco trabalhos foram considerados num único
item por apresentarem as mesmas características (base teórica,
metodologia e resultados/objetivos), enfocadas na tabela. (Volta
para a tabela)
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