Os asteróides e cometas são chamados
de corpos menores do Sistema Solar. Este termo reflete o fato de serem estes
objetos de dimensões e massa muito inferiores aos dos
planetas, mesmo os do tipo Terra. A
semelhança com que cometas e asteróides refletem a luz solar
indica que estes objetos são compartilham de muitas
propriedades e de origem comum.
Em 1º de janeiro de 1801, Piazzi
descobriu Ceres,
um planeta menor entre Marte e Júpiter. Nesta época, um
objeto era ardorosamente procurado nesta região, porque a lei
geométrica de Titius e Bode
previa que teria que existir um outro planeta entre Marte e
Júpiter.
A lei de Titius e
Bode estabelece que as distâncias dos planetas ao Sol seguem
a expressão matemática dada abaixo.
d= 0,4 + 0,3 x 2n |
n | Planeta |
-1, | Mercúrio |
0, | Vênus |
1, | Terra |
2, | Marte |
3, | não havia nenhuma planeta detetado até 1801 |
4, | Júpiter |
...,etc. |
|
Os asteróides não
estão uniformemente distribuídos entre Marte e
Júpiter: eles estão em faixas que apresentam zonas
vazias, chamadas zonas de Kirkpatrick.
Alguns asteróides estão
agrupados e parecem ter uma relação física, e por
isso são chamados de famílias.
Os asteróides Troianos giram na órbita de
Júpiter. Os asteróides da família Apollo-Amor
estão ligados à Terra e a Marte.
|
Os cometas, assim como os asteróides, são corpos menores
do sistema solar. Eles, do mesmo modo que os planetas e os
asteróides, estão ligados gravitacionalmente ao Sol,
orbitando em torno deste último.
Estes corpos celestes são aglomerados de alguns tipos de gelo e
poeira, podendo conter rochas e metais. Seu diâmetro pode ser de
até 50 km. Um cometa não é visível quando
está longe do Sol. Quando se aproximam a 5 UA, começam a
evaporar-se, formando uma bola de vapor ao seu redor, chamada de coma
ou cabeleira. Mais perto do Sol, a uns 2 UA, a pressão
da radiação e o vento solar empurram os gases e a poeira
da cabeleira, produzindo longas caudas. A cauda sempre aponta na
direção contrária ao Sol, a de gás
é mais reta, enquanto a de poeira é mais curva.
O brilho da camada de poeira deve-se
à luz do Sol refletida. O brilho da cauda gasosa deve-se
à emissão pela própria cauda, cujos gases
aquecidos contêm átomos e moléculas excitados, de
diversos elementos e compostos, tais como H2O,
HO+, CO, CO2 , CH4, etc
O campo gravitacional próprio de um cometa é muito
baixo; assim, quando aquecido pelo Sol, a pressão interna dos
gases vence a gravidade, fazendo com que o material escape do cometa.
Assim, os cometas perdem muita massa e, portanto, são corpos
efêmeros. Isto levou o astrônomo holandês Ian Oort a
propôr a existência de uma grande nuvem de cometas em
torno do Sol, posteriormente batizada como "Nuvem de
Oort". Esta nuvem se estende até 10.000 UA. A parte mais
interna da Nuvem de Oort teria forma de disco coplanar com o das
órbitas planetárias. Este disco é chamado de
"Cinturão de Kuiper".
Ocasionalmente, perturbações deslocam um cometa
do Cinturão de Kuiper, fazendo com que ele "caia" em
direção ao Sol, produzindo um cometa de longo
período. Posteriormente, as perturbações dos
planetas podem alterara sua órbita, diminuindo o
período.
O primeiro cometa observado com sondas espaciais foi o famoso cometa
"Halley".
Na sua última passagem em 1986, conseguiu-se determinar que ele
tem a forma de um amendoim de 13 x 8 x 7 km. A análise
espectroscópica da luz dos cometas mostra que os elementos mais
abundantes são os compostos de Hidrogênio (H), Carbono
(C), Nitrogênio (N) e o Oxigênio (O).
O núcleo do cometa é um corpo relativamente irregular e a sua superfície é escura. Gás e partículas podem estar fluindo de partes do núcleo. Pedaços grandes podem também esporadicamente se desprender do núcleo. Bolsões de gás sob pressão debaixo da superfície podem produzir explosões também esporádicas. Grãos grandes de poeira podem acumular-se na superfície formando uma crosta sólida que será ejetada na próxima passagem pelo periélio pela presão dos gases. Poderíamos definir este corpo como um bloco de gelo sujo (segundo a visão da figura seguinte).
Na figura seguinte podemos ver as fases da evaporação de um cometa à medida que se aproxima do Sol.
A figura seguinte mostra as diversas camadas formadas a partir do núcleo e os elementos que se evaporam, bem como a sua posição relativa ao núcleo do cometa.
A seguinte foto mostra as órbitas dos cometas e as perturbações que ele pode sofrer ao incursionar no sistema solar interno.
Apresentamos uma série de imagens de cometas com o intuito de
identificar os dois tipos de caudas. O primeiro é o cometa West
(o nome do descobridor, cientista de muita atuação na
área de cometas).