Os corpos do sistema solar giram em torno do Sol (no caso dos planetas, asteróides e cometas) ou ao redor dos planetas, como é o caso dos satélites.
                           O movimento dos planetas é regido, na sua essência, por leis geométricas muito simples, enunciadas por Johannes Kepler, no início do século XVII, e explicadas por Isaac Newton em sua teoria da gravitação universal. As leis de Kepler enunciam:

1) Os planetas descrevem elipses com o Sol em um dos focos. A figura abaixo mostra uma elipse; a linha horizontal é o seu eixo-maior (a), direção na qual a figura é mais longa. Perpendicular ao eixo-maior, também ligando extremos opostos da elipse (mas não mostrado na figura), temos o eixo-menor (b). Os focos F1 e F2 estão representados, sendo que o Sol é mostrado no primeiro.

2) a linha que liga o planeta ao Sol (mostrada na figura acima) varre áreas iguais em tempos iguais.

3) O semi-eixo maior re o período T da órbita dos planetas verificam a relação:

                           Todos os planetas orbitam em torno do Sol no mesmo sentido. Quando a rotação do planeta é nesse mesmo sentido falamos de rotação direta. No caso contrário, falamos de rotação retrógrada. Vênus e Urano apresentam rotação retrógrada.
                           Os períodos de rotação dos planetas são, em geral, muito menores do que o seu período de revolução, com exceção de Mercúrio e Vênus cujos períodos rotacionais são de 59 e 243 dias, respectivamente. Pensa-se que estes períodos não são os originais destes planetas, mas foram aumentando progressivamente pelo efeito de forças de maré, como será explicado mais adiante. A obliqüidade do planeta (ângulo de inclinação do equador com relação ao plano da órbita) é o que determina, juntamente com o período de rotação, o fenômeno das estações. Esta é menor do que 30º para todos os planetas, salvo no caso de Urano (98º) e Vênus (180º).