Nossa Galáxia, a Via Láctea, como
vimos, tem
a forma de um disco com braços espirais. Ela tem um bojo
elítico no centro e um halo esférico, cuja densidade
aumenta em
direção ao centro. Ela possui um tamanho de 100 000 anos
luz, e
o sistema solar está a 26 000 anos-luz do centro. Ela é
composta por gás, poeira, cerca de 200 bilhões de
estrelas e matéria escura.
Se pudéssemos ver a Galáxia de fora, ela seria semelhante
à
figura mostrada abaixo, de NGC891, vista de lado. Note a faixa de
poeira existente no disco
Para determinar a massa da Galáxia em
função
da distância ao seu centro e, posteriormente, sua massa total,
podemos fazer uso da lei de gravitação de Newton. Temos
então
que a massa dentro de uma órbita qualquer = (velocidade
orbital)2 × (distância da estrela ao centro
galático)/G, onde G é a constante de
gravitação.
Como vimos anteriormente, através de medidas de velocidade
doppler das linhas de HI, podemos construir o gráfico denominado
curva de rotação, como vemos abaixo:
No gráfico acima, notamos que a curva de rotação observada não pode ser explicada somente com a quantidade de matéria visível. Surge então, a partir da gravitação, a necessidade da existência de matéria escura.
A curva de rotação observada pode ser decomposta nas componetes individuais da Galáxia: bojo, disco e halo. Fazendo então um ajuste podemos determinar a contribuição em massa de cada componente.