Sugestão

AVALIAÇÃO DO CONFORTO ACÚSTICO

Luiz André Mützenberg

Referencia bibliográfica

ENIZ,Alexandre e GARAVELLIA Sérgio L. Avaliação do conforto acústico em salas de aulas. In: SIMPÓSIO NACIONAL DE ENSINO DE FÍSICA, 15. 2003, Curitiba. Atas do XV Simpósio Nacional de Ensino de Física. Curitiba : CEFET-PR, 2003. p. 2859-2869. 1 CD-ROM.

Resumo do artigo

"Segundo a Organização Mundial de Saúde, a sonora é o tipo de poluição ambiental que mais vem se agravando nos últimos tempos. A automação da atividade humana, a concentração da população em centros urbanos, entre outros motivos, tem agravado a contaminação acústica, exigindo soluções para controlar seus efeitos sobre o meio ambiente e a qualidade de vida dos cidadãos. Os problemas causados por excesso de ruído, como fadiga, perturbação do sono, problemas cardiovasculares, perdas auditivas, irritabilidade, estresse, alergias, distúrbios digestivos, úlceras, falta de concentração, entre outros, prejudicando a saúde e o bom desempenho nas atividades profissionais exercidas, estão sendo largamente estudados, por vários pesquisadores, as escolas e conseqüentemente seus usuários, professores, alunos e funcionários estão sofrendo estes efeitos e na maioria dos casos não tem consciência do problema. Reverberações e ruído em excesso numa sala de aula, interferem na inteligibilidade da fala, resultando na redução do entendimento e, portanto, na redução do aprendizado. Os níveis de pressão sonora foram medidos durante as aulas, no ano de 2002, no turno matutino, em vários dias da semana. As medidas foram realizadas de acordo com as especificações da NBR 10.151. Obtivemos o valor do NPS em dB(A) e a partir destes dados foram calculados Lmin, Lmax, LIO, L90 e Leq. O tempo de reverberação também foi estimado para estes ambientes utilizando-se a fórmula de Sabine modificada. Neste trabalho apresentamos resultados de avaliações dos níveis de pressão sonora medidos, em três escolas, do ensino médio e fundamental do Distrito Federal, nas quais o número de alunos variava entre mil e três mil. Os resultados são preocupantes, indicando que as condições observadas estão longe de serem adequadas para as atividades de ensino e aprendizagem chegando às vezes próximo a insalubridade. Este estudo indica também que uma avaliação mais ampla necessita ser realizada e medidas urgentes que visem diminuir os níveis de ruídos nas escolas além da diminuição do tempo de reverberação nas salas necessitam ser tomadas visando a melhoria do conforto acústico destes ambientes, pois as condições atuais estão prejudicando a saúde dos professos e o processo ensino aprendizagem".

Comentário

Para repetir este experimento é necessário um decibelímetro, instrumento ao qual poucos alunos têm acesso, Mas o texto apresentado nesta sugestão trata de um problema real e presente na maioria das escolas. As alternativas de projetos que são apresentadas se referem ao desenvolvimento de instrumentos que permitam comparar intensidades sonoras e níveis de intensidade sonora.

Proposta 1: Avaliar conforto acústico

Objetivo

• Avaliar o conforto acústico da sala de aula.

Metodologia

• Estudar o artigo e as normas citadas no mesmo.
• Com um decibelímetro medir o nível de intensidade sonora na sala de aula.
• Avaliar a qualidade do ambiente.

Proposta 2: calibrar um microfone

Objetivo

• Calibrar a intensidade do sinal captado e comparar a intensidade de diferentes ruídos.

Metodologia

• Medir a intensidade do sinal captado por um microfone. Se for necessário, amplificar o sinal.
• Usar um decibelímetro para comparar a intensidade do sinal captado pelo microfone com o nível de intensidade sonora medido no ambiente.

Proposta 3: calibrar o Spectrogram

Objetivo

• Avaliar a viabilidade de usar um computador e o software Spectrogram para comparar a intensidade de diferentes ruídos.

Metodologia

• medir o nível de intensidade sonora com um decibelímetro.
• gravar o som e analisar o mesmo com o Spectrogram;
• encontrar uma relação entre o nível de intensidade medido e o nível de intensidade encontrado pelo Spectrogram