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Os cinquenta anos do Instituto de Física e a “imigração castelhana”

J. Roberto Iglesias
Maio de 2009
Pero el viajero que huye,
tarde o temprano detiene su andar.
Alfredo Le Pera

Muitas coisas mudaram desde a minha chegada a Porto Alegre. Saindo de Paris, com vários graus abaixo de zero, Porto Alegre me recebeu, em janeiro de 1977, com um daqueles verões capazes de desidratar até um cacto. No aeroporto me esperava o Cláudio Scherer, quem, depois de me levar ao Hotel Embaixador, me propôs ir a uma churrascaria. Foi assim como depois do choque térmico veio o choque cultural: Não colocam pão na mesa? Massa com salada? Farinha de mandioca? Comem coração de galinha no churrasco?

E o que dizer da aprendizagem acelerada da língua? Língua que na escrita aparentava ser muito semelhante ao espanhol. Mas resultava irreconhecível ao ouvido. Com palavras que se escrevem igual e se pronunciam diferente. Com acentos diferenciais
impossíveis de reconhecer e de pronunciar, como a sutil diferença entre “vovó” e “vovô” (por que, me pergunto, não aproveitaram a reforma ortográfica pra nos livrar desse tormento de não saber qual é o masculino e qual o feminino?). Com expressões ambíguas como o “Pois não” que significa “sim” e “a gente” que significa “nós”. E finalmente com concordâncias (ou discordâncias?) bem gaúchas como o “Tu viu”.


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