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Miriani Pastoriza, Professora Titular e outras lembranças

Em 1978, eu estava me preparando para partir ao doutorado na França, e por isto tive apenas um breve contato com a Miriani Pastoriza, que estava vindo da Argentina. Ou então, foi durante uma breve vinda ao Brasil lá por novembro de 1980. Só voltamos a nos ver quando de meu retorno em 1983. Logo fui eleito Chefe do Departamento de Astronomia e tive que organizar o concurso para professor titular, cuja única candidata era Miriani, pois era exigido o título de doutor. Até tentei me inscrever, mas meu doutorado era posterior à data definida no edital. Era necessário encontrar professores titulares na área para formar a banca, tarefa dificultada pela existência de poucos no País. A banca ficou formada por Sylvio Ferraz Mello do IAG/USP, José Plínio Baptista, da UFPR, e Adalberto Vasquez do IF. Tudo foi bem e após a divulgação dos resultados ainda almoçamos no Barranco, antes de eu levar a banca externa para o aeroporto.

Durante anos, nesta época (1970-1978), jogávamos futebol de salão na cancha do Anchieta no Morro do Sabiá, em geral nas quartas à noite. Um dos grandes animadores era o Anildo Bristoti, que reservava a cancha e pegava a chave do cadeado. Jogavam uns doze, incluindo esporadicamente o Irineu Kunrath, mais o Claudio “Erechim” Bevilaqua (que depois ficou Bevilacqua), o Osvaldo Ritter, Bernardo Liberman, e Carlos Alberto dos Santos, além do Johan Mondt. Este era um pesquisador da área de plasmas, trazido pelo Darci Dillenburg, que ficou até meados de 1978, quando voltou para a Holanda. Nos encontramos em Amsterdam, naquele mesmo ano, e ficamos hospedados na casa dele. O Mondt ficava impressionada pelo, digamos, ímpeto dos jogadores nessas partidas, que realmente não eram para maricas.

Outro pesquisador que esteve no IF lá por 1976 foi um polonês, de nome Stan se lembro bem. Trabalhava nos laboratórios do térreo, e protagonizou aquele incidente em que foi polir o receptáculo de uma amostra radioativa, quebrando-o e espalhando radiação.

Estas são algumas memórias de antes da mudança para o Campus do Vale. Depois, é história recente. Talvez valha, nesta nova fase, relembrar um fato ainda ligado ao Campus Central.

Por volta de 1988, o Reitor Francisco Ferraz decidiu recuperar o venerável prédio do Observatório, e a primeira providência foi esvaziar os locais. Depois disso, não houve, ou demorou muito, a esperada renovação. Mas o esvaziamento foi desastroso, pois não houve nenhum cuidado ou controle, não estando presentes membros do Departamento, e muita coisa foi perdida, incluindo quase toda a documentação escrita com a história do Observatório, e muitos móveis, instrumentos e objetos antigos. Um dia, descobri onde estava parte do material, e subi ao sótão do velho prédio Parobé, descobrindo, em ambiente escuro e ultra-poeirento, pilhas e pilhas de papéis e outras coisas jogadas no chão. Levei o que pude para a Física, pois não havia acesso ao Observatório. O acervo de livros antigos ou históricos do Observatório foi levado para a biblioteca da Física.

É isto. Depois, a vida no Campus.

  1. Cientista amador
  2. Turma 1969
  3. Defenestração no Observatório Astronômico
  4. O Observatório do Morro Santana
  5. O fotômetro fotoelétrico
  6. A primeira dissertação de mestrado
  7. Miriani Pastoriza, Professora Titular e outras lembranças
  8. Referências bibliográfica

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