Osmose
Nem sempre uma membrana é permeável a todas as partículas. O que
ocorre, então, quando há desequilíbrio de partículas entre dois
compartimentos e a membrana é impermeável a essas partículas? O ocorre
a difusão do solvente (água), e essa difusão chama-se osmose.
Observe a figura abaixo:
Figura 3.
Modelo
Supondo
que o traço laranja é uma
membrana semipermeável (permeável à água, mas não aos quadrados
vermelhos), como o sistema vai entrar em equilíbrio?
Figura 3.
Modelo de osmose
A água do
compartimento menos
concentrado passa para o mais concentrado, por osmose, através da
membrana semipermeável, para que o sistema atinja o equilíbrio.
Importante: a água está em constante trânsito através da membrana,
independente da concentração; na osmose, ocorre um desbalanço líquido
da quantidade de água.
Nos organismos vivos, as membranas são seletivamente permeáveis a
solutos e permeáveis à água, portanto a osmose é um processo muito
comum. Exemplo: quando se injeta uma solução menos concentrada que o
plasma humano (ou seja, uma solução pobre em solutos), o plasma sofre
uma diluição; essa diluição faz com que o excesso de água penetre as
células sanguíneas, por osmose, as quais aumentam de volume e podem até
sofrer lise.
Como
sabemos se uma solução possui a
mesma concentração dos fluidos biológicos? A medida da concentração de
partículas de uma solução é a osmolaridade. Uma solução 1 osmol/L (1
osmolar) contém um mol de partículas em um litro de solução,
independentemente do caráter da partícula: glicose, frutose, sódio,
cloreto, cálcio, uma mistura de todos esses ou outros. Exemplo: uma
solução 1 molar de glicose é 1 osmolar; uma solução 1 molar de NaCl é 2
osmolar, pois NaCl dissocia-se, e temos 1 molar de Na+ e 1 molar de
Cl-, ou 2 molar de partículas = 2 osmolar. A osmolaridade dos líquidos
biológicos é 0,3 osmolar, independentemente dos solutos presentes;
portanto, uma solução isotônica a qualquer fluido biológico possui 0,3
osmolar, uma hipotônica possui menos de 0,3 osmolar e uma hipertônica
possui mais de 0,3 osmolar. Para não ocorrer lise nem crenação (perda
excessiva de água, tornando a célula “murcha”) das hemácias, é
importante que toda solução que for administrada intravenosamente seja
isotônica ao plasma.