Flauta doce

A flauta doce é um instrumento musical de sopro. O flautista sopra um apito que tem um tubo como caixa de ressonância do som.

Ao tapar todos os furos da flauta, esta produz o som mais grave (com comprimento de onda do tamanho do tubo).

Deixando os furos abertos, diminuimos o fluxo de ar na flauta (volume acústico), que passa a oscilar em comprimentos de onda menores (maior freqüência).

Abaixo os espectros de sons de uma flauta doce. Nos dois gráficos, os picos de freqüência são eqüidistantes.

Espectro do som da flauta doce executando a nota Ré:

Espectro do som da mesma flauta executando a nota Lá:

Para cada nota musical tocada, a flauta produziu três freqüências sonoras:

Quando tocamos a nota Lá, a flauta vibrou em uma freqüência principal (880 Hz) e nos seus múltiplos (2 x 880 Hz = 1760 Hz e 3 x 880 Hz = 2640 Hz)

Quando tocamos a nota Ré a flauta vibrou em uma freqüência principal (294 Hz) e nos seus múltiplos (2 x 587 Hz = 1174 Hz e 3 x 587 Hz = 1761 Hz).


Na Música estes múltiplos são chamados harmônicos,
os sons que melhor se encaixam (consonantes).

Estes múltiplos geram uma interferência de ondas construtiva,
aumentando a amplitude da onda em alguns pontos.

O fenômeno da ressonância,
existente para sistemas que vibram na mesma freqüência,
também ocorre para sistemas que vibram nos múltiplos de freqüência,
porém com menor eficicácia.

Da análise do espectro sonoro obtém-se a amplitude relativa de cada onda que compõe o som. Somando as ondas correspondentes às três freqüências presentes, com suas amplitudes relativas, pode-se reconstruir eletronicamente o som anteriormente produzido pela flauta:

Clique nas ondas para ouvir o som gerado eletronicamente:


diapasão         flauta doce         flauta transversa         flautim        
oboé         clarinete         harmônica         violão         bandolim        


L. M. Oliveira (lmendes@if.ufrgs.br); E. A. Veit (eav@if.ufrgs.br) & C. Schneider (cls@if.ufrgs.br)
Março de 2002
CREF - Instituto de Física - UFRGS