Aula 8 Dinâmica e os movimentos dos corpos celestes
Nesta aula discutiremos sobre as leis da física que regem a organização dos corpos celestes. Nos últimos anos foram detectados mais de 300 planetas fora do Sistema Solar, orbitando estrelas, assim como a Terra e os demais planetas do nosso sistema o fazem em torno do Sol.
Uma
das técnicas que permitiu descobertas desse tipo se baseia na obtenção
de imagens periódicas dos sistemas promissores.
Na medida em que o planeta avança em sua órbita, a estrela muda de posição. Mas por quê??? Bem, é preciso conhecer as leis que regem as interações entre os corpos celestes! 1ª Lei de Kepler - Lei das Órbitas Os planetas descrevem órbitas elípticas em torno do Sol que está em um dos focos da elipse.
Veja uma animação da 1ª Lei de Kepler aqui. 2ª Lei de Kepler - Lei das Áreas Em sua órbita, os planetas varrem áreas iguais em tempos iguais.
No afélio a velocidade orbital do planeta é menor que no periélio.
Veja uma animação da segunda lei de Kepler aqui. 3ª Lei de Kepler - Lei dos Períodos A razão entre o quadrado do período orbital e o cubo do raio médio da órbita é uma constante k.
Então, de acordo com a terceira lei de Kepler temos: Para dois planetas, a e b podemos escrever: E, portanto: Logo, se soubermos a razão entre os períodos orbitais de dois planetas, sabemos automaticamente a razão entre seus raios orbitais. Lei da Gravitação Universal e Leis de Newton De acordo com a Mecânica Newtoniana, quaisquer dois corpos dotados de massa se atraem mutuamente devido à interação gravitacional entre ambos. A FORÇA GRAVITACIONAL É UMA FORÇA DE AÇÃO À DISTÂNCIA! Pela Lei da Gravitação Universal, a força que um corpo de massa M exerce sobre outro de massa m que está a uma distância d, é:
De acordo com a Terceira Lei de Newton da mecânica, a toda ação, corresponde uma reação – ou seja: todo agente é também paciente. O corpo de massa m também exerce uma força sobre o de massa M, de mesmo valor e mesma direção, mas com sentido oposto.
Mas sendo assim, uma vez que as órbitas dos planetas são elipses, então a Força de Atração Gravitacional entre estrela e planeta varia ao longo da órbita.
A segunda lei de Kepler pode ser vista como conseqüência do fato acima exposto. A Segunda Lei de Newton diz que uma força resultante de intensidade F, produz uma aceleração a em um corpo de massa m, obedecendo a seguinte relação: No caso em que a força F é a força gravitacional exercida pelo planeta (massa M) sobre um outro corpo qualquer de massa m: Como se vê, a massa do corpo cancela e, se o corpo estiver na superfície do planeta, então: d=raio do planeta É o caso dos corpos na superfície da Terra.
Se substituirmos os valores, chegaremos a um valor de aceleração igual a cerca de 9,8 m/s², que é a aceleração da gravidade à superfície da Terra. Mas voltando ao caso dos planetas que orbitam uma estrela, como é o caso de Júpiter – o maior planeta do nosso sistema: O Sol o atrai gravitacionalmente e ele atrai o Sol também (3ª Lei de Newton). Mas com a aceleração produzida pela força, qual a velocidade orbital induzida por Júpiter no nosso Sol? Para determinar a velocidade orbital do Sol, induzida por Júpiter, precisamos abrir mão da idéia de que o Sol está parado. Tanto Sol quanto Júpiter orbitam o centro de massa do sistema Sol-Júpiter, que está muito mais próximo do Sol que de Júpiter já que a massa do Sol é bem maior que a massa de Júpiter.
Para calcular a velocidade orbital que Júpiter induz no Sol, suporemos, com boa aproximação, que os corpos descrevem círculos perfeitos. Vamos lá: VELOCIDADE ORBITAL DO SOL
VELOCIDADE ORBITAL DE JÚPITER
MAS OBRIGATORIAMENTE TEMOS
E já que a velocidade orbital é diretamente proporcional ao raio, então: Então:
Agora calcule você a velocidade orbital que a LUA induz na TERRA! DADOS:
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