Io
Júpiter I

Nothing endures but change.
- Heraclitus



 

Lista de Conteúdo

 

Io pode ser classificado como uma das mais incomuns luas em nosso sistema solar. O vulcanismo ativo em Io foi a maior e inexperada descoberta em Júpiter. Foi a primeira vez que vulcões ativos foram vistos em outro corpo no sistema solar. As Voyagers observaram a erupção em conjunto de nove vulcões em Io. Há evidência de que outras erupções ocorreram entre os encontros Voyager. A fumaça dos vulcões estendem-se a mais de 300 quilômetros (190 milhas) acima da superfície, com material sendo ejetado a velocidades de um quilômetro (0,6 milhas) por segundo.

Os vulcões de Io devem-se aparentemente ao aquecimento do satélite por oscilação das marés. Io é perturbado em sua órbita por Europa e Ganimedes, dois outros grandes satélites vizinhos, e puxado de volta para sua órbita regular por Júpiter. Este cabo-de-guerra resulta em protuberâncias de marés tão grandes quanto 100 metros (330 pés) na superfície de Io.

A temperatura na superfície de Io é cerca de -143° C (-230° F); entretanto, em um grande ponto quente, associado com uma formação vulcânica, mediu-se cerca de 17° C (60° F). Cientistas acreditam que o ponto quente pode ser um lago de lava, apesar de a temperatura indicar que a superfície não está derretida. Esta formação relembra os lagos de lava na Terra.

Io é composto principalmente de material rochoso com muito pouco ferro. Io está localizado dentro de um intenso cinto de radiação de elétrons e íons capturados pelo campo magnético de Júpiter. Conforme a magnetosfera gira com Júpiter, ela varre Io e extrai cerca de 1.000 quilos (1 tonelada) de matéria, por segundo. A matéria forma uma nuvem toróidal de íons, que brilham no ultravioleta. Os íons pesados deste toróide migram para fora, e sua pressão infla a magnetosfera Jupiteriana para mais que o dobro do tamanho esperado. Alguns dos mais energéticos íons de enxofre e oxigênio caem pelo campo magnético na atmosfera do planeta, provocando auroras.

Io age como um gerador elétrico conforme move-se através do campo magnético de Júpiter, desenvolvendo 400.000 volts entre seus extremos em diâmetro, gerando uma corrente elétrica de 3 milhões de amperes, que flui pelo campo magnético até a ionosfera do planeta.

Estatísticas sobre Io
 Descoberto porSimon Marius & Galileo Galilei 
 Data da descoberta1610 
 Massa (kg)8,94e+22 
 Massa (Terra = 1)1,4960e-02 
 Raio equatorial (km)1.815 
 Raio equatorial (Terra = 1)2,8457e-01 
 Densidade média (g/cm^3)3,55 
 Distância média de Júpiter (km)421.600 
 Período de rotação (dias)1,769138 
 Período orbital (dias)1,769138 
 Velocidade orbital média (km/s)17,34 
 Excentricidade orbital0,004 
 Inclinação orbital (graus)0,040 
 Velocidade de escape (km/s)2,56 
 Albedo visual geométrico0,61 
 Temperatura média na superfície-143°C 
 Magnitude (Vo)5,02 

Animações de Io

Visões de Io

Veja também: Imagens de Io, da Galileo.

Io (GIF, 192K)
A Voyager 1 tomou esta imagem de Io em 4 de março de 1979. As áreas laranjas e marrons são provavelmente cobertas por enxofre ou uma mistura contendo enxofre. As áreas claras podem ser neve de dióxido de enxofre, e as marcas côncavas são na maioria caldeiras vulcânicas com até 200 quilômetros (124 milhas) de diâmetro. Regiões montanhosas existem próximas a ambos os pólos, com algumas formações elevando-se a 8 quilômetros (5 milhas), ou mais, acima de suas adjacências. (Crédito: Calvin J. Hamilton)

Io Mostrado em Projeção de Área Igual Lambertian (GIF, 195K; JPEG, 31K; TIFF, 5M)
Mosaicos coloridos por computador, da Voyager 1, mostrados aproximadamente em cor natural e em projeções Lambertian de área igual, exibem os hemisférios Oriental (esquerda) e Ocidental (direita) de Io. Quase todas as formações visíveis aqui tem origens vulcânicas, incluindo várias caldeiras e fumaças de erupções que estavam ativas no momento do encontro com a Voyager 1.

Mosaico Mercator Global (GIF, 239K; JPEG, 30K; TIFF, 5M)
As planícies vulcânicas de Io são mostradas neste mosaico de imagens da Voyager 1, as quais cobrem a área grosseiramente da latitude 60 graus N. até a latitude 60 graus S. e longitude 100-345. O norte está para cima. Numerosas caldeiras vulcânicas, fluxos de lava, e fumaça de erupções vulcânicas estão visíveis aqui. A composição dos fluxos de lava e planícies de Io não foi determinada, mas podem consistir predominantemente de enxofre com superfície congelada de dióxido de enxofre ou de silicatos (tal qual basalto) encrustado com enxofre ou condensados de dióxido de enxofre. As marcas esbranquiçadas brilhantes provavelmente consistem-se de depósito fresco de dióxido de enxofre congelado.

Mosaico Mercator Usando Imagens C3 da Galileo (JPEG, 232K; GIF, 5M)
Esta imagem é um mosaico de Io baseado em imagens C3 de Io, da Galileo. O mosaico global controlado USGS foi usado como referência. Este mapa é uma projeção mercator com longitude central em 180° e a latitude cobre -70° a 70°. (Cortesia A.Tayfun Oner)

Hubble Distingüe Vulcões em Io (GIF, 192K; JPEG, 40K; legenda)
Este par de imagens de Júpiter e seu satélite Io foi tomado em 5 de março de 1994. Io é muito pequeno para que detalhes de sua superfície sejam vistos por telescópios baseados em terra. Vários vulcões estão periodicamente ativos porque Io é aquecido por marés provocadas pela poderosa gravidade de Júpiter. O vulcão Pele aparece como um ponto escuro cercado por uma oval irregular em laranja, na parte inferior da imagem. O material laranja foi ejetado do vulcão e espalhado sobre uma vasta área. Apesar do vulcão ter sido descoberto primeiro pela Voyager, a distinta cor laranja dos depósitos do vulcão é uma nova descoberta nesta imagem do Telescópio Espacial Hubble (a Voyager a perdeu porque suas câmeras não eram sensíveis aos comprimentos de onda em infravermelho próximo, onde as cores estão evidentes). (Crédito: John Spencer, Lowell Observatory; NASA)

Hubble Descobre Novo Ponto Brilhante em Io (GIF, 192K; legenda)
Este par de imagens do Hubble da lua vulcânica Io, de Jupiter's, mostra a surpreendente elevação de uma grande formação branco-amarelada de 320 quilômetros (200 milhas) de diâmetro, próxima ao centro do disco da lua (foto à direita). Cientistas sugerem que o ponto pode ser uma nova classe de formação transiente na lua. Por comparação, a foto à esquerda foi tomada em março de 1994, antes do ponto emergir, e mostra que a superfície de Io tinha experimentado apenas mudanças sutis desde a última vez que foi visto pela sonda Voyager 2 em 1979. O novo ponto na imagem do Hubble de Julho de 1995 substitui um ponto esbranquiçado menor visto aproximadamente na mesma localização em imagem de março de 1994. "O novo ponto circunda o vulcão Ra Patera, que foi fotografado pela Voyager, e é provavelmente composto de material, provavelmente grás congelado, ejetado do Ra Patera por uma grande explosão vulcânica ou fluxos de lava frescos," de acordo com John Spencer do Lowell Observatory em Flagstaff, Arizona. (Crédito: J. Spencer, Lowell Observatory/NASA)

Colunas de Fumaça Vulcânica (GIF, 27K)
A Voyager 2 tomou esta foto de Io na noite de 9 de Julho de 1979, a uma distância de 1,2 milhões de quilômetros (745.700 milhas). Na borda de Io estão duas colunas de fumaça azuis de erupções vulcânicas, com cerca de 100 quilômetros (62 milhas) de altura. Estas duas colunas de fumaça foram as primeiras vistas pela Voyager 1, em março de 1979, e foram designadas Coluna 5 (superior) e Coluna 6 (inferior). Elas aparentemente tem estado em erupção por um período de pelo menos quatro meses ou provavelmente mais. Um total de seis colunas de fumaça foram vistas pela Voyager 2, todas vistas primeiramente pela Voyager 1. A Coluna de fumaça 1, do maior vulcão visto pela Voyager 1, não estava mais em erupção quando a Voyager 2 chegou. A Coluna 4 não foi vista na borda do disco de Io pela Voyager 2 e, assim, não se sabe se ainda estava em erupção. (Cortesia NASA/JPL)

Vulcão Loki (GIF, 21K)
A Voyager 1 tomou esta foto do Vulcão Loki em 4 de março de 1979. A erupção vulcânica pode ser vista na borda de Io. (Crédito: Calvin J. Hamilton)

Loki Patera (GIF, 341K)
Este é um clôse do hemisfério norte de Io. A formação central foi chamada de Loki Patera. A área grande escura pode ser um lago de enxofre líquido com uma balsa de enxofre sólido dentro. (Crédito: Calvin J. Hamilton)

Escape de Gases (GIF, 192K; JPEG, 23K; TIFF, 1M)
Esta foto de Io mostra o que parece ser uma caldeira vulcânica que está dando vazão a gases (as manchas azuis brilhantes no centro-esquerda). Ná foto há uma rede de caldeiras vulcânicas com solo escuro inteligado por materiais vermelho-brilhante. A caldeira no extremo norte tem uma mancha azul brilhante no solo. Cientistas acreditam que manchas azul brilhantes podem ser núvens de gás emanados de escapes vulcânicos. As nuvens de gás podem condensar-se e formar partículas extremamente finas que aparecem em azul. Uma vez que o espectrômetro infravermelho da Voyager 1 descobriu dióxido de enxofre em Io, é possível que dióxido de enxofre seja o principal componente das nuvens. Nuvens de dióxido de enxofre congelariam-se rapidamente e cairiam como neve de volta na superfície. Também é possível que áreas escuras no solo de caldeiras sejam piscinas de enxofre derretido, uma forma muito escura de enxofre. A imagem foi tomada em 5 de março de 1979, quando a Voyager 1 aproximava-se de Io, e foi tomada a 129.600 quilômetros (80.500 milhas).

Haemus Mons (GIF, 220K)
Haemus Mons é uma montanha localizada próxima ao pólo sul e, nesta imagem, está próxima ao terminador de Io. Sua base mede cerca de 200 por 100 quilômetros (124 por 62 milhas). Vários picos de montanhas são encontrados em Io, alguns chegando a 10 quilômetros (6,2 milhas) de altura. (Crédito: Calvin J. Hamilton)

Vulcão Pele (GIF, 358K)
A estrutura em forma de coração, no centro desta imagem, foi causada por ejeto vulcânico expelido pela erupção de Pele. (Crédito: Calvin J. Hamilton)

Ra Patera (GIF, 412K)
Ra Patera é um grande escudo vulcânico com fluxos multicoloridos. Esta imagem mostra pelo menos uma dúzia de fluxos escuros originários do escape central, escuro. Alguns destes fluxos tem 300 quilômetros (186 milhas) de comprimento. (Crédito: Calvin J. Hamilton)

 

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Autor: Calvin J. Hamilton. Esta página contém material com Direitos Autorais reservados.
Traduzido para o Português por: Marcelo C. Galati, pela M&H-Consulting